Carlos Costa é o 25.º mais poderoso de 2019

#25 Carlos Costa

Este ano colecionou mais inimigos, mas subiu cinco posições na escala do poder. Escapou à exoneração, evitou a fiscalização da IGF e ainda contou com um convidado de luxo no jantar anual que organiza em Sintra, para a elite académica e financeira.

Mário Centeno

As divergências entre o ministro das Finanças e o governador já vêm do tempo em que trabalharam juntos no Banco de Portugal. Agora, Centeno queria reformar a supervisão financeira.

Mariana Mortágua

A deputada bloquista defendeu em fevereiro a exoneração de Costa e apresentou um projeto de resolução esse sentido. Para Mortágua, é a idoneidade do governador que está em causa.

Vítor Braz

O inspetor-geral de Finanças insinuou que o Banco de Portugal tem falta de cultura democrática por se ter manifestado contra a possibilidade de ser fiscalizado pela IGF.

Leitão Amaro

Atacou Carlos Costa no Twitter, a propósito da falta de informação na lista dos grandes devedores da banca. "Repararam que o Banco de Portugal está a violar a lei? É grave", escreveu.

Tomás Correia

O Banco de Portugal condenou o presidente da Associação Mutualista Montepio por sete ilícitos, decorridos no passado. Tomás Correia recorreu em fevereiro e Carlos Costa ganhou um inimigo.

Sikander Sattar

O presidente da consultora KPMG Portugal acabou por não ser condenado, mas o Banco de Portugal aplicou uma coima de três milhões de euros à empresa por ter prestado informação falsa.

Ricardo Salgado

O Banco de Portugal moveu vários processos contra Ricardo Salgado. O ex-banqueiro argumenta que teria sido possível salvar o BES se não fosse a interferência do governador Carlos Costa.

Mario Draghi

Foi pela primeira vez este ano ao jantar no Fórum do BCE, em Sintra. O presidente do Banco Central Europeu respaldou também a posição do governador sobre a reforma da supervisão.

Gabriela Figueiredo Dias

A CMVM desenvolve projetos comuns com o Banco de Portugal, como o Finlab. Aproximaram-se com a reação à reforma da supervisão, tendo posições alinhadas.

Margarida Corrêa de Aguiar

A presidente da ASF é quadro do Banco de Portugal. Esteve alinhada nos pareceres sobre a reforma da supervisão e participa em projetos como o Finlab.

Faria de Oliveira

São aliados institucionais, estiveram alinhados na comissão parlamentar de inquérito à CGD. Ambos defendiam que a lista de devedores do banco público não fosse tornada pública.

Hélder Rosalino

É administrador do Banco de Portugal e passou a ser o número dois na condução da política monetária. Foi secretário de Estado da Administração Pública no governo de Passos Coelho.

Elisa Ferreira

Foi escolha pessoal de Carlos Costa para o banco central. É amiga pessoal de longa data e permite ter alguém de confiança do quadrante socialista na equipa, ajudando a aliviar a pressão.

Teixeira dos Santos

São amigos desde a universidade, estudaram juntos na Faculdade de Economia do Porto. Nomeou Carlos Costa para a liderança do Banco e defende publicamente o governador.

Alberto Castro

Tal como Elisa Ferreira e Teixeira dos Santos, faz parte do grupo de amigos da Faculdade de Economia do Porto. Mantém uma relação de proximidade com o governador.

Daniel Bessa

Prefere sempre criticar a governação de Vítor Constâncio. Faz parte do grupo da Faculdade de Economia do Porto. "Ponho as mãos no fogo por Carlos Costa", disse uma vez em entrevista.

Margarida Peixoto margaridapeixoto@negocios.pt | André Veríssimo averissimo@negocios.pt 13 de Agosto de 2019 às 13:00

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Bilhete de Identidade

• Cargo: Governador do Banco de Portugal desde 2010
• Naturalidade: Nasceu em Cesar, Oliveira de Azeméis, em 1949
• Formação: Licenciatura em Economia na Faculdade de Economia do Porto.