António Ramalho é o 36.º Mais Poderoso de 2018

#36 António Ramalho

Esteve à frente dos comboios, mas é de bicicleta que gosta de andar. Lidera um banco que pertence a um fundo que apelidam de abutre, mas foi uma águia que conseguiu levar ao casamento da filha. É António Ramalho, o banqueiro que gosta de falar.

Miguel Maya

Estiveram juntos na administração do BCP, mas com destinos diferentes: Maya ficou, Ramalho saiu. O BCP é o banco que quer acabar com o mecanismo que capitaliza o Novo Banco.

Paulo Macedo

Mais do que inimizade é uma rivalidade aquela que une Paulo Macedo e António Ramalho. Também estiveram juntos no BCP. Hoje estão em bancos rivais. Têm posições bem distintas.

Jerónimo de Sousa

Ramalho lidera um banco privado que o PCP sempre defendeu que deveria ter sido nacionalizado. O partido também quer acabar a fusão que criou a Infraestruturas de Portugal, que Ramalho liderou.

Catarina Martins

A coordenadora do Bloco de Esquerda era contra a venda do Novo Banco à Lone Star, a qual sempre se referiu como um "fundo-abutre".

Paulo Campos

A relação com o secretário de Estado dos Transportes, quando era presidente da CP, foi pautada por momentos difíceis.

Byron Haynes

O presidente do conselho geral e de supervisão do Novo Banco fiscaliza o trabalho de António Ramalho, assegurando a relação accionista entre Lone Star e Fundo de Resolução.

Donald Quintin

A gestão da relação com a Lone Star é uma necessidade para António Ramalho, sobretudo por o banco estar ainda exposto a dinheiro público através de empréstimos ao Fundo de Resolução.

Carlos Costa

O governador do Banco de Portugal foi um aliado. A venda do Novo Banco colocou um ponto final (ainda que não parágrafo) na resolução aplicada ao BES em 2014.

Elisa Ferreira

Esteve a apoiar o Novo Banco na venda, por ter o dossiê da supervisão e porque tem também assento no conselho de supervisão do BCE. O seu papel foi apreciado no banco português.

Luís Máximo dos Santos

O vice-governador era o vendedor do Novo Banco. Ficou com 25% na instituição financeira. Ramalho tem a missão de não sobrecarregar o Fundo de Resolução devido ao mecanismo.

Sérgio Monteiro

Era o secretário de Estado responsável pela fusão da EP e Refer na Infraestruturas de Portugal. E foi o responsável por gerir a alienação do Novo Banco a partir de 2016.

Vítor Fernandes

É o braço-direito na administração executiva do Novo Banco. Já aí se encontrava com Stock da Cunha, mas já se tinha cruzado com Ramalho, nomeadamente no BCP na época de Santos Ferreira.

Jorge Magalhães Correia

Da era Champalimaud, além de Vítor Fernandes, também com Magalhães Correia ganhou proximidade.

Luís Champalimaud

António Champalimaud é uma das referências. António Ramalho ficou amigo do seu filho, que esteve no conselho geral e de supervisão do BCP.

Pedro Gonçalves

O ex-líder da Soares da Costa era amigo de António Ramalho dos tempos em que ambos praticavam karting.

Luís Palha da Silva

Palha da Silva não é um homem da banca,mas está nas grandes empresas há muito. É um amigo de António Ramalho.

Nuno Amado

Não são demasiado próximos, mas são amigos, com passado no Santander. Mesmo assim, o BCP contestou o mecanismo de capitalização do Novo Banco.

Diogo Cavaleiro diogocavaleiro@negocios.pt | André Veríssimo averissimo@negocios.pt 06 de Agosto de 2018 às 11:09

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Bilhete de Identidade

• Cargo: Presidente executivo do Novo Banco
• Naturalidade: Nasceu em Lisboa a 20 de Agosto de 1960
• Formação: Licenciatura em Direito pela Universidade Católica de Lisboa
• Outros cargos: Foi presidente da CP, Estradas de Portugal e Infraestruturas de Portugal. Ex-administrador com o pelouro financeiro do BCP e antigo presidente da Unicre.