Uma das situações que tipicamente aborrece bastante quem está à espera de ver uma prova de atletismo, natação ou automobilismo são as falsas partidas. Não é bonito que um competidor tente fazer batota e parta antes dos seus oponentes, ainda que essa vantagem se traduza em escassas centésimas de segundo.
E todos queremos que a justiça nos seja feita em tempo útil, sabendo que temos o correspondente dever de não a obstruir ou atrasar indevidamente quando alguém se queixa de termos violado os seus direitos.
Perante uma tal diversidade de temas que influem na cotação ESG de uma empresa (e que por isso afetam inevitavelmente a sua rentabilidade) não é razoável deixar totalmente nas mãos do mercado a seleção natural das empresas autorizadas a fazer auditorias e a emitir certificações.
Não é caso para perguntar se os administradores responsáveis por estas estratégias ilegais e lesivas do mercado não devem ser chamados à pedra, agora que o regulador e os tribunais já se pronunciaram em definitivo?
Há duas semanas, a Comissão Europeia anunciou a designação dos “controladores de acesso” (os célebres “gatekeepers”), imposta pelo Regulamento dos Mercados Digitais (DMA): as grandes plataformas em linha que funcionam como atores incontornáveis dos mercados digitais.
Se tivermos em conta que, de acordo com as estimativas da ONU, FMI e Banco Mundial, Marrocos está no último terço das nações do mundo no que diz respeito ao PIB per capita e ao índice de desenvolvimento humano, estes números fazem cair por terra a ideia de que as regras de concorrência têm uma aplicação marginal fora dos grandes blocos económicos atuais.
É raro o jurista que aos vinte e poucos anos se sinta preparado para se abalançar seriamente a um projeto de doutoramento, e ainda mais o que efetivamente tem a maturidade suficiente para o fazer – o que quer dizer que a sua potencial entrada na carreira universitária muito raramente se fará antes dos trinta e poucos.
Num mundo em que o controlo das empresas está tão disperso, qualquer estado pode ter um interesse direto nos resultados de qualquer empresa, esteja ela situada onde estiver. Ninguém dirá, seguramente, que o governo dos EUA não tem interesse na atividade da Google ou da Amazon europeias.