Joaquim Miranda Sarmento é o 46.º Mais Poderoso de 2024

#46 Joaquim Miranda Sarmento

Chegado finalmente a ministro das Finanças, Miranda Sarmento tem a difícil tarefa de desenhar um OE que garanta a sobrevivência do Governo, enquanto concilia promessas eleitorais, exigências de Bruxelas e contas equilibradas.

Teia de Influência

Luís Montenegro

Após chegar à liderança do PSD, Montenegro fez de Sarmento líder da bancada parlamentar e defendeu-o da resistência de alguns deputados. Quando chega a primeiro-ministro, convida-o para ministro das Finanças.

José Brandão Brito

O secretário de Estado do Orçamento é muito próximo de Sarmento e é o braço-direito do ministro, não só na gestão interna das contas públicas, como em Bruxelas.

João Silva Lopes

Colega de Sarmento no Conselho Estratégico Nacional (CEN) do PSD, o secretário de Estado do Tesouro é um dos braços-direitos do ministro.

Marisa Garrido

A secretária de Estado da Administração Pública tem nas suas mãos um tema quente: negociar a atualização salarial na Função Pública para 2025. Mais um pesado envelope nas mãos de Sarmento.

António Ferreira dos Santos

Com a reforma do Estado, termina a comissão de serviço do inspetor-geral das Finanças, sob alçada do ministro. Sarmento contrariou a IGF nas alterações ao SIFIDE.

Rui Baleiras

O coordenador da UTAO, que apoia os deputados, não poupa nas críticas. No último relatório, apontou baterias ao debate "esquizofrénico" sobre o impacto das medidas. Um recado para o ministro.

Marcelo Rebelo de Sousa

Marcelo promulgou a descida do IRS sem considerar que viola a norma-travão, contra a opinião de Sarmento. Mas passou a bola ao ministro, que, com respaldo de Belém, vai rever as tabelas de retenção este ano.

Rui Rio

Foi o ex-presidente do PSD que pôs Sarmento na ribalta, ao dizer que era o "Centeno do PSD". Foi com Rio que passou a liderar os cenários macro do PSD e que em 2022 foi eleito deputado.

Eduardo Catroga

Foi com o ex-ministro das Finanças de Cavaco que Miranda Sarmento deu os primeiros passos no PSD. Colabora com Eduardo Catroga no programa eleitoral de Pedro Passos Coelho em 2011.

Cavaco Silva

O antigo Presidente da República convidou Miranda Sarmento para seu assessor económico em Belém, entre 2012 e 2016. Cavaco esteve presente no lançamento dos livros de Sarmento.

Helena Borges

O ministro da Finanças defendeu a diretora-geral da Autoridade Tributária no caso das barragens. Ex-trabalhador da AT, Sarmento fez questão de defender a idoneidade dos funcionários do Fisco.

Cláudia Reis Duarte

A secretária de Estado dos Assuntos Fiscais tem nas mãos a execução de algumas das principais promessas de Montenegro e Sarmento: a descida de impostos para famílias e empresas.

Miguel Martin

O líder do IGCP foi acusado por Sarmento (na campanha) de ter uma "gestão política" da redução da dívida. Agora, terão de trabalhar em conjunto na estratégia de redução da dívida.

Christine Lagarde

Enquanto deputado, Miranda Sarmento defendeu a subida de juros pelo BCE. Agora, como ministro, terá de coordenar a política orçamental com os esforços desinflacionistas.

Paolo Gentiloni

Sarmento terá de negociar com o comissário com a pasta dos assuntos europeus os planos orçamentais de longo prazo - que dão pouca margem para ser generoso no Orçamento.

Mário Centeno

Sarmento fez duras críticas a Centeno. Opôs-se às cativações e acusou o atual governador do Banco de Portugal de falta de independência. A relação institucional entre ambos poderá não ser fácil.

Pedro Passos Coelho

O ministro das Finanças preparou, com Eduardo Catroga, o programa eleitoral de Passos Coelho em 2011. O ex-primeiro-ministro esteve no lançamento do seu livro.

Susana Paula susanapaula@negocios.pt | Diana Ramos dianaramos@negocios.pt 30 de Julho de 2024 às 12:00

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Bilhete de Identidade

Cargo: Ministro de Estado e das Finanças
Naturalidade: Nasceu a 7 de agosto de 1978, em Lisboa.
Percurso Profissional: Estudou Gestão no ISEG e fez o doutoramento em Finanças na Universidade de Tilburg, na Holanda. É professor associado de Finanças com agregação no ISEG. Trabalhou 10 anos nas Finanças (AT e DGO) e foi consultor da UTAO.