O Portugal futuro

15.02.2024

À beira das eleições o futuro prometido pelos principais partidos políticos assemelham-se a versões de um verdadeiro País das Maravilhas. Mas o que Portugal precisa é de bom senso, boas contas e boa gestão para poder aproveitar o potencial que tem.

A perceção decide os votos

08.02.2024

Há crispação social e há uma marca bem visível dos efeitos da inflação e da subida dos juros no ânimo das pessoas. Mas não está tudo mal no país, o PIB resiste e as contas públicas mostram melhorias que já não víamos há muito. É nesta realidade e com estas narrativas que o país vai a votos. Ninguém hoje pode ter a certeza de quem vai ganhar, até porque muita água passará debaixo das pontes até 10 de março, mas a perceção de cada eleitor é que vai determinar o resultado do ato eleitoral.

Memória do país pobre

01.02.2024

Portugal tem a memória de uma pobreza ancestral. E essa marca está bem viva, porque a pobreza extrema prevaleceu neste país por muitas décadas depois de ter sido extinta na Europa entre os Pirenéus e a cortina de ferro. E este enquadramento é uma das razões que explica o facto de os portugueses, enquanto sociedade, serem tão pouco exigentes com o Estado, e contentaram-se frequentemente com muito pouco.

Excedente temporário com "doping"

25.01.2024

Portugal registou em 2023 um excedente histórico, mas foi graças à inflação que ajudou ao recorde de receitas fiscais. Esse saldo cria a ilusão de haver muito dinheiro no Estado e por isso aumentam as exigências de ganhos salariais por toda a função pública, com os partidos em época eleitoral a concordarem. Já se sabe que isto vai levar a um acréscimo de despesa. No futuro, sem o "doping" da inflação, as contas públicas regressarão ao velho normal da pressão financeira e dos défices.

Viciados no suborno eleitoral

18.01.2024

No jogo político em Portugal ganha quem for mais eficaz em garantir aumentos de rendimentos e pensões. O presidente da Associação de Empresas Familiares chama a este fenómeno de “suborno eleitoral”. Não há partido que sonhe com o poder que escape a este paradigma. O foco parece estar ao contrário do que deveria ser, pois o crescimento da economia é que deveria gerar mais rendimentos para as famílias.

Não metam o Estado na imprensa

11.01.2024

A crise vivida na Global Media é culpa exclusiva dos seus acionistas, gestores e diretores. Os trabalhadores com salário em atraso são vítimas. Num país em que parecemos filhos de um deus menor, sempre que há uma crise em empresas importantes alguém se lembra de sugerir a nacionalização. Um erro crasso que acarretaria custos para os contribuintes, sem vantagem para o país e que apenas branquearia os erros cometidos.

A entronização de um líder

05.01.2024

O PS mostra uma impressionante resiliência eleitoral na sociedade portuguesa. Neste fim de semana entroniza o novo líder e a possibilidade de vitória eleitoral reduz o confronto e a discussão aberta de ideias. Os congressos já não são para debater ideias e projetos, são liturgias preparadas para conseguir o poder.

O copo meio cheio de Costa

28.12.2023

Costa despediu-se das mensagens com o otimismo habitual. Nota-se que tem orgulho na obra feita, mas faltou-lhe ambição para deixar um Estado melhor preparado. Focou-se em políticas distributivas, mas há sinais que o modelo já parece esgotado.

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