O tema é delicado. O objecto é complexo. O protagonista é colossal. Cada declaração pública provoca danos irreparáveis. Cada medida anunciada gera uma onda de ruídos, muitos deles estridentes. No fim, quando o elefante sair da sala, vão sobrar cacos para apanhar na "loja dos ‘swaps’".
A Caixa Geral de Depósitos lançou este fim-de-semana uma nova campanha publicitária. O objectivo assumido na autopromoção é "posicionar a Caixa como o banco das pessoas e o motor da economia nacional". A originalidade passa por colocar os cartazes de "pernas para o ar". Uma fotografia inadvertidamente perfeita do estado actual do banco público. A Caixa, "com certeza", está de pernas para o ar.
O alerta está dado: "cuidado, Facebook!" O autor é credível: Rupert Murdoch, o magnata dos media sensacionalistas e/ou conservadores. E a análise é fundamentada no seu próprio erro.
Paulo Portas é, neste dias, um homem acossado. Não pelo peso na consciência do estado a que chegou o país. Mas pelo tempo. O tempo que lhe está a fugir para sobreviver. E o ministro dos Negócios Estrangeiros sabe que este capítulo da crise (em que o fim da austeridade já é apregoada na Europa) é a sua última oportunidade. É agora ou nunca.
O Presidente da República levou durante uma semana um grupo alargado de empresários à Colômbia e Peru, para fomentar os negócios com parceiros locais, com a mira apontada aos extensos planos de investimento público em curso nos dois países.
"Só a História julgará, com a distância indispensável, a acção de cada um de nós como agentes políticos". Esta frase, dita por Miguel Relvas no anúncio da sua demissão do Governo, aplica-se à leitura dos jornais desta segunda-feira, dia 8 de Abril, se se substituir "agentes políticos" por "agentes mediáticos".
"Acima de tudo, é absolutamente imperioso acabar com o fontismo extremado dos últimos anos, um fontismo irresponsável e irrealista que já comprometeu de forma considerável a margem de manobra de governos futuros e o bem-estar das gerações vindouras. E é por isso que seria bom que percebêssemos, de uma vez por todas, uma verdade insofismável e uma premissa inquestionável nos países mais avançados: A produtividade nacional não depende dos investimentos públicos nem de grandes obras públicas. Ponto final. Parágrafo".
"As pessoas, fortemente pressionadas, exigiam uma saída desta triste situação. Os milhões de desempregados queriam empregos. Os comerciantes queriam ajuda. Cerca de quatro milhões de jovens, que tinham passado a poder votar desde as últimas eleições, queriam alguma perspectiva de futuro que, pelo menos, lhes dessem uma forma de viver".