Vamos todos ser surpreendidos?
Luís Montenegro, contra todas as expectativas, desenhou um governo sólido e equilibrado que, de uma forma ou de outra, poderá até surpreender pela longevidade.
Luís Montenegro, contra todas as expectativas, desenhou um governo sólido e equilibrado que, de uma forma ou de outra, poderá até surpreender pela longevidade.
A despesa em percentagem do PIB tem vindo a reduzir-se, não porque se gaste menos, mas porque a riqueza criada o tem acomodado. Ainda assim, não esqueçamos que, em termos nominais, passámos de despesas totais de 93 mil milhões de euros em 2010 para 112 mil milhões de euros em 2023. E que despesa estamos a fazer? Estão os serviços a espelhar o resultado deste acréscimo?
Costa fechou ontem parte do seu ciclo como governante, despedindo-se com uma “mensagem de tranquilidade” sobre Portugal e a mudança de Governo. As palavras não servem apenas para tranquilizar os restantes chefes de Estado e de Governo, devem ser vistas também como recado para consumo interno. A pequena política será o mais prejudicial que o país poderá enfrentar nesta arte da guerra.
A vida do BCP tenderá a mudar, certamente, tal como a da restante banca. E, pela primeira vez em anos, isso é sinal de resiliência, capacidade e mudança. Teremos uma banca diferente e isso, se bem decidido e avaliado por quem tiver a palavra final, pode ser muito bom.
Em janeiro, no âmbito da iniciativa Negócios Sustentabilidade 20|30, Stephanie Hare, investigadora e autora do livro “Technology is Not Neutral”, lembrava-nos da importância e papel da ética numa era em que a IA generativa assumirá enorme protagonismo.
A Montenegro cabe encontrar pontes sem entregar o país ao bloqueio político, dialogando à esquerda e à direita. A Pedro Nuno, definir as áreas-chave em que o contributo do seu partido seja crucial à democracia. A Ventura, a noção de que um milhão de votos não é coisa pouca. É muito mais do que fermento que alimente o seu ego e projeto político.
O direcionamento do discurso político dos candidatos em campanha para as mulheres tem sido expressivo, o que se percebe dado que entre estas reside um elevado número de indecisos. É envergada a bandeira da defesa dos direitos das mulheres, mas o discurso fica quase sempre encerrado na lógica do combate aos conservadorismos e ao evitar de retrocessos. E a defesa dos direitos das mulheres vai muito para além disto.
Se, por um lado, o nível de indecisão entre os eleitores é muito elevado, como revela a sondagem da Intercampus, por outro os grandes números da economia dão margem para que os portugueses possam decidir sem papões, fantasmas ou temores.