À medida que outros bancos centrais lideram a introdução de moedas digitais, alguns temem que a Fed possa vir a estar na posição de Eastman Kodak quando a fotografia digital chegou ou dos relojoeiros mecânicos suíços quando os relógios digitais se tornaram omnipresentes.
Atendendo a que o FMI está atualmente estruturado como um fundo rotativo, rapidamente ficaria sem dinheiro se perdoasse todos os seus empréstimos, como várias ONG estão sempre a pedir-lhe que faça. A única maneira de isso não acontecer era se as economias avançadas concordassem em reabastecer o poço, algo que aparentemente abominam fazer.
Não há opções fáceis para a Fed neste momento, e isso também seria certo se fosse Brainard, e não Powell, a ficar com as rédeas do banco central. Por isso, no fim de contas, há que saudar Biden por compreender que, independentemente da pressão política exercida sobre a sua Administração para controlar a Reserva Federal, foi preferível afirmar a independência do banco central – e a sua.
Mesmo se um imposto global sobre o carbono fosse magicamente aprovado, o mundo ainda precisaria de um mecanismo que transferisse recursos e conhecimentos para as economias em desenvolvimento.
Com a taxa de desocupação de imóveis na China urbana a fixar-se atualmente nos 21%, as autoridades têm plena noção da necessidade de transferir recursos produtivos para outros setores.
A humilhante derrota da América no Afeganistão é um grande passo rumo à reconstituição da tempestade perfeita que provocou uma desaceleração do crescimento e uma inflação muito elevada na década de 1970.
A ideia de que a política de taxas de juro de um banco central pode e deve ser a principal força motriz por detrás de uma maior igualdade de rendimentos é espantosamente ingénua, independentemente de quantas vezes é afirmada. Os bancos centrais podem fazer mais para lidar com o problema da desigualdade, particularmente através da política regulatória, mas não podem fazer tudo.
Os dados económicos da América Latina em 2021 que foram divulgados até agora só são bons no sentido em que não são tão maus como em 2020, quando o PIB caiu 7%.