Como evitar a próxima recessão
O tempo dirá se uma situação económica deteriorada e a falta de opções alternativas justificam a entrada em território desconhecido.
O tempo dirá se uma situação económica deteriorada e a falta de opções alternativas justificam a entrada em território desconhecido.
É irónico que os novos líderes da UE, que tem defendido incansavelmente os mercados abertos, estejam prestes a desencadear um conflito entre a preservação do clima e o livre comércio.
Numa economia cada vez mais digitalizada, onde uma crescente parte dos serviços são oferecidos a um custo marginal zero, a criação de valor e a apropriação de valor concentram-se nos centros de inovação e onde se fazem os investimentos intangíveis. Isto deixa cada vez menos espaço para as instalações de produção onde se fabricam os bens tangíveis.
A necessidade de rever as regras orçamentais da UE é clara. Os principais partidos políticos que concorrem nas eleições de maio para o Parlamento Europeu devem reconhecê-lo e defender essa reforma abertamente. Numa altura em que o propósito da UE está a ser posto em causa, a última coisa que a Europa precisa é de tabus económicos.
A decisão de rejeitar uma fusão ou autorizar um investimento que beneficie um concorrente estrangeiro com motivações políticas pode fazer sentido económico, e ao mesmo tempo despertar suspeitas nos círculos de política externa.
Para vencer, os entusiastas do Green New Deal devem ser honestos com os cidadãos sobre o que a próxima transformação implicará, de que forma os seus custos serão minimizados e partilhados de forma equitativa, e qual o papel que podem desempenhar. Em vez de retratarem o seu cenário como cor-de-rosa, devem mostrar que é viável.
Talvez numa década ou duas, a UE e o Reino Unido tenham sofrido reformas abrangentes que os coloquem num novo caminho para a convergência. O Brexit deve ser gerido de forma a tornar esse cenário possível.
Um segmento inteiro da sociedade francesa que se sentia sem representação e quase invisível encontrou uma cor e começou a construir uma identidade. A questão agora é se o movimento encontrará uma voz política e, em caso afirmativo, qual.