Sem uma gestão competente, as megacidades estão destinadas a partilhar o mesmo fado das grandes cidades do passado. Londres e Nova Iorque podem afundar à sua maneira. Mas, desta vez, não haveria revitalização no interior.
A Europa será agora construída através de transferências orçamentais e das obrigações que elas criam. Mas, em última análise, Tusk está certo: não pode haver União Europeia sem que todos os seus membros sigam os mesmos padrões.
No século XIX, os estados-nação foram forjados a sangue e ferro. Hoje, está a ser criado algo novo a partir da medicina e da política económica.
Aqueles que agora pedem o fim imediato do confinamento têm a obrigação de falar franca e abertamente sobre como os custos vão ser distribuídos no futuro. Até agora, esse debate foi evitado.
Não há motivo para pensar que as escolhas que fizermos em resposta a esta crise não podem resultar em dinamismo e resiliência a longo prazo.
Explorando os efeitos destrutivos e desmoralizantes da "austeridade", Johnson prometeu vastos investimentos públicos para estimular e transformar as zonas industriais do norte do país, em declínio - sendo que a população dessas zonas votou a favor do Brexit e possibilitou a vitória dos Conservadores em dezembro.
Durante séculos, os "teens" têm sido a antítese dos "sixties". Têm sido tempos em que a audácia da esperança é substituída por desespero, desilusão e falsidade. Como tal, têm sido profundamente perturbadores e destrutivos. O tempo de recuperação é muito longo, e só alguns de nós terão o privilégio de testemunhar os anos 2060.
A crise financeira foi, por si só, suficiente para lançar as sementes do sentimento anticapitalista. Mas também coincidiu com uma transformação tecnológica e social muito mais ampla.