Quem é que vai dizer a altos quadros de uma empresa que eles têm de fazer as coisas a um certo ritmo, acelerado, sobretudo se os CEO forem cúmplices na lentidão? Quem vai contrariar as manifestações de entusiasmo pela execução seguidas de vagareza preguiçosa?
Portugal é um país de brandos costumes. No entanto, os índices de pobreza que grassam pelo país e os problemas não são brandos, são acutilantes.
Numa altura em que as redes sociais trazem tantas distracções, há alguém muito importante que parece ter ficado relegado para segundo plano nas discussões e discursos de alguns dirigentes empresariais mais distraídos: o cliente (actual e potencial).
Infelizmente, há uma parcela muito significativa (sempre girando em torno de “a metade”) de portugueses pobres, subsidiados, endividados, gastadores, com poucos estudos e que não gostam de votar. Este é o Portugal nuclear, duro de roer!
A gestão por batch não é mais do que uma desculpa para evitar que se tome uma decisão ou que se implemente algo.
Prémios vaidade, sim ou não? Depende da maturidade da envolvente empresarial. Nos Estados Unidos são chamados vanity awards e avaliados por aquilo que são de facto: marketing. Nos países menos desenvolvidos são ainda um bom negócio, tanto para promotores como para premiados.
Que fazer então para crescer? Aumentar a produtividade e rentabilidade; reter talento; variabilizar mais as remunerações da alta direcção; ter accionistas e credores mais exigentes; e ter marcas. Sem isto, jamais cresceremos, injectemos o dinheiro que injectemos na economia!
A produtividade implica um aumento do ratio de conversão, e este depende da literacia e de investimento “eficiente” (olhando para o panorama nacional, uns e outros demorarão muito a chegar aos melhores níveis europeus).