Pão e circo
Esta postura dos políticos, nacionais e locais, está na base do empobrecimento do país, no seu todo, afastando-nos, cada vez mais, dos padrões de vida dos países do Norte da Europa.
Esta postura dos políticos, nacionais e locais, está na base do empobrecimento do país, no seu todo, afastando-nos, cada vez mais, dos padrões de vida dos países do Norte da Europa.
Custa-me a entender a razão pela qual não tem sido possível estabelecer com Angola um quadro de cooperação no âmbito da imigração, que responda aos problemas actuais de carência de mão-de-obra em grande número de unidades de serviços em Portugal.
O meu conceito de semana de quatro dias, que também está na moda, para Portugal, no seu estado actual de baixa produtividade e de baixa competitividade, é simples: quatro dias de trabalho presencial e um dia de trabalho remoto, dedicado a temas mais organizacionais.
Assistimos ao paradoxo, de um país pobre utilizar os seus parcos recursos em processos de experimentação, que irão beneficiar, no futuro, os países ricos do Norte da Europa.
O aumento do rendimento disponível dos cidadãos que vivem e trabalham em Portugal, portugueses e imigrantes, exigirá uma política de investimentos, nacionais e estrangeiros, em áreas com maior incorporação de tecnologia, que permita remunerar melhor o factor trabalho.
A obsessão pelo crescimento, pelo contrário, pode conduzir a decisões de investimento de alto risco, mal estruturadas, com uma elevada probabilidade de desastre.
Há, aliás, alguns casos, semelhantes, de deslumbramento, em que estes génios da gestão, estrangeiros, vêm aprender ao nosso país, nas nossas empresas, com os nossos quadros de alta direcção, a gerirem negócios complexos, beneficiando dessa aprendizagem, quando regressam aos seus países.
Estamos a viver uma fase na vida das sociedades desenvolvidas em que a falta de estudo e de reflexão intelectual é devastadora para o encontro de soluções, técnicas e científicas, que assegurem o nosso futuro próximo.