A derrota de Abril
A perspetiva da perda de poder com a marcação de eleições está a tolher os pré-socráticos, os socráticos e os pós-socráticos revelando que nada aprenderam com o que se passou com José Sócrates e as suas políticas públicas.
A perspetiva da perda de poder com a marcação de eleições está a tolher os pré-socráticos, os socráticos e os pós-socráticos revelando que nada aprenderam com o que se passou com José Sócrates e as suas políticas públicas.
A escolha do terror é condenável per si e a da guerra aberta, em que os civis dificilmente são poupados, deveria ser, perante a aprendizagem de sofrimento que a humanidade teve ao longo da sua história, evitada por todos os meios. Não somos um mundo de inocentes.
O país mediático está dominado pelas correntes de esquerda que privilegiam o 25 de Abril daqueles que querem fazer esquecer o 25 de Novembro de Mário Soares, de Ramalho Eanes e tantos outros lutadores pela liberdade.
A oposição tem de acelerar a história da liberdade para a mudança. Perguntar-nos-emos: como? Há uma forma que sabemos que não resulta: ter medo da própria história, da sua sombra e de tomar riscos
A aproximação dos 50 anos de Abril deveria permitir um sereno debate sobre uma nova constitucionalidade do regime para esclarecer o futuro de Portugal. Não vai acontecer, até que expulsemos os protagonistas da divisão, e surjam os do bom senso constitucional.
A resolução dos problemas que o comportamento individual origina é sempre responsabilidade do Estado. Estatizamos comportamentos porque não acreditamos nos outros, apenas em nós mesmos. Não liberalizamos porque receamos a comunidade e o indivíduo. Paternalizamos a vida coletiva, e infantilizamos a individual.
Através do comportamento na condução automóvel e da fruição do espaço público conhecemos a realidade portuguesa. Sabemos, mas não mudamos. Obrigar-nos-ia a respeitar os outros e a abandonar a mesquinhez narcisista.
Queremos a regulação da vida dos outros, desde que cada um possa escapar à socapa às normas que queremos para os outros, e que as desrespeitamos na primeira ocasião.