Os desafios da ponte de Macau
Foi inaugurada a ponte que liga Macau a Hong Kong e Zhuhai. Cria esperanças, mas também dúvidas. Integra uma vasta região, mas também pode absorver as cidades menos poderosas. Que acontecerá?
Foi inaugurada a ponte que liga Macau a Hong Kong e Zhuhai. Cria esperanças, mas também dúvidas. Integra uma vasta região, mas também pode absorver as cidades menos poderosas. Que acontecerá?
Como observou Maquiavel, a mentira é uma formidável arma política, porque a verdade é mais difícil de acreditar. Alexandre, o Grande, ou Júlio César não duvidaram em usar a mentira para atingir os seus fins, mas tiveram a inteligência de não abusar dela.
Com passos rápidos, mas seguros, o mundo caminha para o regresso à Idade Média. A Inquisição das redes sociais simboliza este tempo em que não se debatem ideias: gritam-se certezas, com o objectivo de calar tudo o resto.
Se um dia destes, por motivos de contenção, Centeno passar a preferir Primark, lá teremos os ministros, obedientes, a vestir na marca baratinha que serve os portugueses com menor poder de compra.
Alguém vai pagar tantas reformas antecipadas que, nalguns casos, roçam o ridículo. Ou seja, há uma bomba-relógio pronta a explodir. Na cara dos portugueses sem defesa, porque ou são velhos ou jovens demais.
Mudou-se o século e as vendas passaram a ser das empresas públicas e do imobiliário público. Agora resta pouco. Só sobra a dívida colossal e os juros dos empréstimos. Ou seja, nada se transforma realmente em Portugal.
O grande debate nacional acerca deste OE para 2019 é sobre se é "eleitoralista" ou não. Trata-se, como sempre, de uma discussão ociosa. O Governo renega que as suas contas de somar e subtrair tenham que ver com as eleições.
No mundo de Centeno não há almoços grátis, nem jantares à borla. O que dá retirará em forma de cativações. A União Europeia quer gansos amestrados e Centeno cumpre, com rigor, essas instruções.