É pena que as aproximações entre PS e PSD se limitem à “distribuição” de recursos e não à sua “criação”: as medidas servem para aumentar despesa e não para fazer crescer o PIB (não há qualquer reforma no horizonte).
Os portugueses já perceberam que estão a ser apertados fiscalmente. E boa parte já percebeu que paga dos impostos mais elevados da Europa, medindo essa pressão não pela carga fiscal mas pela pressão fiscal (é só ver quantos portugueses pagam impostos para perceber sobre quem cai o grosso do esforço fiscal…).
Como é bom de ver, até pelas imposições da governação económica da Zona Euro, a margem do governo é curta, o que obrigará a limitar as cedências na despesa corrente (salários e prestações sociais).
As contas certas… estão certas? Isto é, faz sentido defender contas certas? Faz. Mas como acordo de regime. Não vale dizer uma coisa hoje e outra amanhã, conforme dá jeito aos interesses de um partido.
Montenegro mostra estar a preparar-se para eleições mais cedo do que esperava (coisa que não agrada a Marcelo). Até para não ser apanhado em contrapé, como sucedeu com as eleições de março. Os próximos meses vão ser interessantes.
Bruxelas conseguiu fazer uma quase perfeita reinserção social de um delinquente: o PS. Agradeçamos à Comissão. A Europa, ou melhor a Zona Euro, ganha com isso. E Portugal também.
Ainda o Governo não tomou posse e já começaram as críticas. Dois exemplos: associação de bolseiros de investigação e Juventude Socialista.
Os governos são como as melancias, só depois de abertos conhecemos a qualidade. O desafio de Montenegro é dantesco? É. Razão bastante para analisar o seu governo com base em factos e não em “achismo”.