Desde o ano de 1970, ano zero do balanço ecológico, que estamos a acumular défice ecológico, sendo que, à semelhança das dívidas monetárias soberanas, um dia teremos de as pagar e este pagamento poderá ser muito mais caro do que o simples acumular de juros ambientais.
A consciencialização de que o mar começa logo em redor do nosso espaço de ação, pelo que qualquer poluente ou material descartável acabará invariavelmente no mar se não for tratado de forma adequada, deverá estar presente nas nossas mentes ao nível molecular.
Não devemos descurar as nossas responsabilidades securitárias se quisermos garantir a dimensão económica do nosso mar subjacente.
É chegado o momento de encontrarmos dentro de todos nós, a vontade de nos tornarmos heróis do mar numa das múltiplas dimensões relacionadas com a ação marítima, por forma a levantar novamente o esplendor de Portugal.
A distância entre o que está no papel, após um consenso positivo ao nível das Nações Unidas, e o que efetivamente se vai pôr em prática, é que representa o derradeiro caminho a percorrer para a restauração da saúde do Oceano Global.
Não restam dúvidas que estamos a chegar a um ponto irreversível nas várias dimensões ambientais do planeta e que as verdadeiras consequências vão obrigar-nos a tomar decisões difíceis. Esta será, incontestavelmente, a última chamada para encontrar soluções para “reverter o irreversível”.
“Desplastificar” a economia é obviamente uma responsabilidade de todos nós, não só dos que produzem, dos que distribuem, mas também dos que consomem. Voltar ao passado até parece ser a solução…
Um Estado costeiro tem soberania plena sobre os recursos após o reconhecimento internacional dos seus limites exteriores, quando estes estão para além das 200 milhas. Mas a questão é se esse direito exclusivo lhe dá a titularidade ilimitada sobre o fundo marinho.