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Cloud Computing 2017
Notícia

Como pode a sua organização tirar proveito da “cloud”?

Inovação, aumento de produtividade ou maior agilidade no tempo de resposta às necessidades do negócio são alguns dos benefícios da nuvem para as empresas.

15 de Março de 2017 às 09:59
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O desenvolvimento tecnológico permite que as organizações consigam evoluir, melhorar o seu desempenho e, em muitos casos, transformar os seus negócios.

 

As empresas possuem uma despesa corrente com a tecnologia, mais que não seja com os licenciamentos de aplicações, com manutenções ou com a sua infra-estrutura. A esta despesa acresce o custo, em empresas de média e grande dimensão, das equipas que integram os departamentos de TI. E aqui, a primeira pergunta que uma empresa deve fazer é saber que género de recursos deve haver dentro da empresa. Justifica-se ter tantos recursos técnicos no departamento de TI? A empresa é mais competitiva por ter esses recursos?

 

O passo seguinte é olhar para o portefólio tecnológico. Quando se possui uma factura constante, com tendência para aumentar, sobretudo com os custos normais de manutenção, deve-se equacionar se ainda faz sentido manter a arquitectura de sistemas de informação tal como ela existe.

Os modelos de negócio, como o "pay per use – pague o que utilize", têm um impacto imediato na factura tecnológica da empresa. Muitas organizações, quando dimensionaram os seus sistemas de informação, fizeram-no a contar com determinadas realidades de mercado que hoje não se verificam. A verdade é que os investimentos foram feitos a pensar nessa realidade, daí ser preciso rever os sistemas de informação numa lógica de redução de custos. Essa diminuição de custos permitirá libertar recursos para aplicar em novos projectos.

Diferentes opções de "cloud"

A computação em nuvem divide-se em três grandes áreas, a saber: Infra-estrutura como Serviço (IaaS), Plataforma como Serviço (PaaS) eSoftware como Serviço (SaaS). O IaaS é a camada básica e estrutural da nuvem. Inclui toda a parte física do equipamento como servidores, "firewall", segurança de rede e equipamentos de energia e refrigeração.

É uma espécie de centro de dados que fornece uma infra-estrutura informática instantânea, que é aprovisionada e gerida através da Internet. Possibilita o armazenamento e a transmissão de dados e de aplicações através da Internet

 



"Apesar de representar pouco mais de 30% em 2016, dentro de quatro anos, as três categorias de serviços de ‘cloud computing’ (‘cloud’ pública, ‘cloud’ privada e ‘cloud’ privada em ‘hosting’) irão representar mais de 60% dos orçamentos corporativos nas médias e grandes organizações portuguesas."

Gabriel Coimbra, director-geral da IDC Portugal


O PaaS é a combinação do serviço de infra-estrutura como um serviço mais o "middleware", para permitir às equipas de TI aceder, desde a "cloud", a todas as ferramentas do ciclo de vida completo das aplicações: desenvolvimento, teste, implementação, gestão e actualização.

A união destas duas primeiras camadas da nuvem, IaaS e PaaS, possibilita o acesso estruturado à seguinte camada, o SaaS. Se as duas primeiras áreas se destinam a equipas técnicas de TI, o SaaS é o acesso às aplicações para o utilizador final. Permite aceder a aplicações de negócio, documentos ou ao e-mail, de forma remota, sempre que exista uma ligação web.

 

Cada um destes "layers" possui a mesma importância para o funcionamento da nuvem. Quando utilizados em conjunto e de forma coerente, trazem uma série de benefícios à empresa como aumento de produtividade, escalabilidade ou maior agilidade no tempo de resposta às necessidades do negócio.

 

As empresas podem escolher aceder a estas soluções através de uma "cloud" pública, onde todos os serviços e infra-estrutura se encontram fora da empresa, uma "cloud" privada, onde o centro de dados existe dentro da organização, ou um modelo híbrido, onde existem soluções fora da empresa que convivem com outras dentro da organização, a chamada "cloud" híbrida.

 

Crescimento de dois dígitos

Ninguém questiona que a tecnologia muda as organizações e transforma o local de trabalho. A mobilidade e a conectividade 24x7 trazem grandes desafios às empresas e aos decisores.

 

Dados recentes do mercado nacional, divulgados pela analista de mercado IDC Portugal, mostram que em 2016 existiu um forte crescimento da utilização de soluções "cloud" em Portugal. O director-geral da IDC, Gabriel Coimbra, refere que no ano passado cerca de 55% das empresas nacionais de média e grande dimensão já utilizavam a "cloud". Um número que mostra uma grande evolução, atendendo ao facto de há três anos, esse valor representar 35%.

 

O negócio na nuvem cresce em Portugal a um ritmo de dois dígitos. Os dados apresentados pela IDC referenciam que entre 2015 e 2020 o investimento na "cloud" crescerá a uma taxa média anual de 20,4% (ver gráfico). Se as previsões futuras se confirmarem, em 2019, cerca de 70% das empresas portuguesas utilizarão soluções "cloud".

 

"Apesar de representar pouco mais de 30% em 2016, dentro de quatro anos, as três categorias de serviços de ‘cloud computing’ (‘cloud’ pública, ‘cloud’ privada e ‘cloud’ privada em ‘hosting’) irão representar mais de 60% dos orçamentos corporativos nas médias e grandes organizações portuguesas."

 

 

 Por onde começar?

Antes de abraçar a computação em nuvem pense nas aplicações de negócio, nos servidores e no "storage" (armazenamento de dados) que existe na sua organização e o que pretende fazer com eles. Em primeiro lugar, deve fazer uma análise conceptual para saber como quer tirar proveito da "cloud".

Só com uma estratégia bem definida, sabendo o que se quer fazer e como se vai fazer, é que deve dar o seguinte passo, analisar os aspectos tecnológicos relacionados com a nuvem. Para fazer a análise da tecnologia que possui dentro de casa deve realizar uma inventariação das suas aplicações com o respectivo mapeamento dos recursos de infra-estrutura que consomem, onde estão albergadas e onde armazenam a informação de negócio.

 

Os consultores de mercado costumam dar o conselho às empresas e aos decisores nacionais de não avançar para a compra de tecnologia ou de serviços sem antes ter muito bem definidas todas estas áreas. Uma vez esclarecida a estratégia da organização, é tempo de dar um passo em frente e começar a analisar as ofertas e as ferramentas que se pretendem utilizar e qual a infra-estrutura que existe em casa, a que vai ficar e a que pode ser alocada na nuvem.

 

Muita da tecnologia que agora está disponível na nuvem era inacessível, por causa dos elevados custos, para muitas organizações nacionais, sobretudo, as pequenas e médias empresas. Hoje, ela está acessível por um custo relativamente reduzido. Analise os diferentes cenários e escolha a solução que melhor responde às necessidades da sua organização.


Cinco motivos para ir à cloud

1. Benefícios financeiros
O modelo de pagamento como um serviço agrada aos gestores, que gerem o consumo de recursos à medida das suas necessidades.

2. Investimentos controlados
Em tempos de constrangimentos económicos, como os que têm comprometido os orçamentos das empresas, poder ter o poder de computação sem investimentos em infra-estruturas e licenciamentos dispendiosos é uma soma de valor acrescentado.

3. Custos fixos previsíveis
A flexibilidade da "cloud" evita o factor surpresa na factura a pagar. A previsibilidade dos custos agrada aos gestores, que pagam e escalam a sua infra-estrutura ao ritmo do negócio.

4. Transparência
Além dos planos de custos, a visibilidade dos recursos e aplicações permite que a gestão seja feita de forma transparente e a monitorização dos desempenhos seja mais eficaz. A instalação, a configuração, a manutenção e a actualização são operações que saem beneficiadas.

5. Mais agilidade
Com a concorrência à espreita a cada esquina, as empresas não podem deixar que o "legacy" tecnológico as prenda ao passado. Os negócios digitais nativos estão a pressionar a inovação e quem não acompanhar o ritmo corre o risco de ficar pelo caminho, pelo que as empresas têm na "cloud" um trunfo de inovação permanente disponível.

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