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Fecho dos mercados: Trump põe bolsas no vermelho, penaliza o dólar e dá brilho ao ouro

A decisão de Trump de cancelar a cimeira com a Coreia do Norte, juntamente com a ameaça de impor tarifas sobre os carros importados, penalizou as bolsas, pressionou ao dólar e garantiu ao ouro a maior subida em sete semanas.

Rita Faria afaria@negocios.pt 24 de Maio de 2018 às 17:23

Os mercados em números

PSI-20 desceu 0,67% para 5.662,00 pontos

Stoxx 600 caiu 0,52% para 390,54 pontos

S&P 500 desvaloriza 0,50% para 2.719,63 pontos

Juros da dívida portuguesa a dez anos recuaram 5,2 pontos base para 1,904%

Euro ganha 0,26% para 1,1724 dólares

Petróleo cai 0,80% para 79,16 dólares por barril

  

Bolsas europeias caem pela segunda sessão

O anúncio do cancelamento da cimeira entre os Estados Unidos e a Coreia do Norte acentuou fortemente a tendência negativa dos principais índices europeus, que fecharam o dia no vermelho pela segunda sessão consecutiva.

 

A negociação na Europa já estava a ser penalizada pela ameaça de Trump de impor novas tarifas sobre os automóveis importados, quando um novo "golpe" do presidente dos Estados Unidos intensificou o pessimismo: a Casa Branca anunciou que já não haverá cimeira entre Trump e Kim Jong-un, aumentando os receios de que a tensão entre os dois países alcance novos patamares.

 

O índice de referência para a Europa, o Stoxx600, desceu 0,52% para 390,54 pontos, depois deter registado ontem a maior desvalorização em dois meses. A penalizar esteve sobretudo o sector automóvel, com a Porsche a cair 3,02%, a Daimler a recuar 2,77% e a Volkswagen a desvalorizar 2,54%.

 

Em Lisboa, o PSI-20 deslizou 0,67% para 5.662,00 pontos, penalizado sobretudo pela EDP e pelo BCP. O banco liderado por Nuno Amado desvalorizou 1,78% para 27,62 cêntimos enquanto a eléctrica perdeu 2,01% para 3,406 euros.

 

Euro recupera de mínimos de Novembro. Lira volta a cair

A moeda única europeia está a negociar em alta face ao dólar, recuperando dos mínimos de seis meses atingidos na sessão de ontem. O euro está a beneficiar do alívio dos receios em torno da instabilidade política em Itália – depois de o presidente Mattarella ter mandato Conte para formar governo – e da queda do dólar, com os Estados Unidos novamente em clima de tensão com a Coreia do Norte.

 

Nesta altura, o euro ganha 0,26% para 1,1724 dólares.

 

Já a lira turca voltou às quedas, apesar de o banco central do país ter subido ontem os juros de 13,5% para 16,5% para travar o colapso da moeda. A decisão levou a lira a subir mais de 2% - depois de ter atingido um novo mínimo histórico face ao dólar – mas a medida está a revelar-se insuficiente para conter as perdas.

 

Juros aliviam com acalmia em Itália

Os juros da dívida da generalidade dos países do euro aliviaram, a beneficiar dos desenvolvimentos em Itália. Ontem, o presidente Mattarella encarregou de formar governo o professor de direito Giuseppe Conte, que, por sua vez, garantiu que irá manter-se alinhado com Bruxelas.

As novidades trouxeram alguma acalmia ao mercado de dívida, depois de os juros italianos a dez anos terem atingido máximos de 2015 na sessão de ontem.

 

Esta quinta-feira, a yield recuou 0,2 pontos para 2,399%. Em Portugal, os juros desceram 5,2 pontos para 1,904%, em Espanha recuaram 5,2 pontos para 1,392% e na Alemanha deslizaram 3,5 pontos para 0,472%.

 

Taxas Euribor caem a 3 e 6 meses e sobem a 9 e 12 meses

As taxas Euribor desceram hoje a três e a seis meses e subiram a nove e a 12 meses face a quarta-feira.                                 

No prazo a três meses, a descida foi de 0,1 pontos base para -0,324%, enquanto no prazo a seis meses – a taxa mais utilizada em Portugal nos créditos à habitação – a queda foi igualmente de 0,1 pontos base para -0,271%.

 

Em sentido contrário, a nove meses, a Euribor subiu 0,1 pontos base para -0,217%, e a 12 meses aumentou 0,2 pontos base para -0,187%.

  

Petróleo cai com possibilidade de alívio nos cortes da OPEP

O petróleo está a negociar em baixa nos mercados internacionais, reflectindo a possibilidade de a OPEP e os seus aliados decidirem aliviar os cortes na produção na reunião que decorrerá em Junho, em Viena.

 

O tema será debatido pelos produtores, como confirmou esta quinta-feira o ministro russo da Energia Alexander Novak. "Temos dito repetidamente" que todas as decisões sobre o futuro do acordo dependem da situação do mercado, afirmou Novak em declarações aos jornalistas em São Petersburgo, citado pela Bloomberg.

"A OPEP e os seus aliados vão discutir em Viena, no próximo mês, a possibilidade de uma recuperação gradual da produção", acrescentou o ministro.

 

Nesta altura, o West Texas Intermediate (WTI), negociado em Nova Iorque, desce 1,06% para 71,08 dólares, enquanto o Brent, transaccionado em Londres, cai 0,80% para 79,16 dólares.

 

Ouro com maior subida em sete semanas

A beneficiar da decisão de Trump de cancelar a cimeira com a Coreia do Norte está o ouro, que chegou a subir 1,03%, a maior valorização em sete semanas.  Nesta altura, o metal amarelo sobe 0,85% para 1.304,38 dólares, com os investidores a aumentarem a procura por este activo de refúgio. A prata ganha 1,07% para 16,6285 dólares.

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