Notícia
Resgatar ou transferir um PPR custa em média 2%
2009 é o primeiro ano em que os portugueses vão aceder a toda a informação sobre os custos dos Planos Poupança Reforma (PPR) e poder, assim, comparar os valores a pagar aos bancos e seguradoras nacionais.
05 de Janeiro de 2009 às 00:01
2009 é o primeiro ano em que os portugueses vão aceder a toda a informação sobre os custos dos Planos Poupança Reforma (PPR) e poder, assim, comparar os valores a pagar aos bancos e seguradoras nacionais.
Está disponível, desde 31 de Dezembro, o novo mecanismo de comparação dos custos e rendibilidades dos seguros PPR, disponibilizado pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP), que, a juntar-se ao simulador de custos dos fundos PPR da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), permite comparar os custos dos PPR nacionais pela primeira vez.
O Negócios fez esta análise e verificou que as comissões cobradas pelo resgate ou transferência destes produtos atingem, em média, os 2%. Mas há PPR a cobrar 6%.
Da comparação entre os mais de 70 produtos comercializados em Portugal, resulta uma evidência: a transferência dos PPR sob a forma de seguro é mais cara. Estes cobram, em média, 2,24% pela transferência de instituição. O valor mais alto entre os seguros atinge os 5%. É esta a comissão imposta nos PPR da Generali e da Lusitânia.
Já nos fundos PPR, apenas um tem uma comissão tão elevada, o Millennium Reforma&Rendimento que é, aliás, o PPR mais penalizador do mercado português em termos de comissões. Este produto, vendido nas redes do BCP, tem um custo médio próximo dos 6%, entre comissões de adesão, transferência e resgate.
Somente dez produtos não cobram nada pela transferência, o equivalente a um sétimo do número total de aplicações existentes no mercado.
A subscrição de seguros é também, regra geral, mais dispendiosa. Os custos cobrados logo no momento de adesão ao PPR representam, em média, 1,88% do dinheiro aplicado. No caso dos fundos, esse valor médio fica-se pelos 1,05%. No geral, a adesão tem um custo médio de 1,65%.
O produto a cobrar mais pela subscrição é, uma vez mais, o fundo Millennium Reforma&Investimento, cuja comissão se situa nos 7%. Segue-se o Record PPR, da Groupana Vida, com uma comissão de aquisição que tem um tecto máximo de 6,45%.
Mas se a opção pela subscrição ou transferência é mais penalizadora, de um modo geral, nos seguros, num cenário de resgate antecipado revela-se mais vantajosa. Isto porque os custos de reaver o dinheiro aplicado antes da reforma, e fora das excepções legais para situações de doença ou desemprego prolongado, são mais altos nos fundos. Estes investimentos que não dão garantia de capital cobram, em média, 2,18% pelo resgate antecipado. Ao invés, os seguros arrecadam, em média, 1,41% do capital.
No entanto, os PPR com as comissões de resgate mais altas são os seguros do Crédito Agrícola e do Finibanco. Ambos com comissões de 6%. Segue-se, novamente, o Millennium Reforma&Rendimento, com um custo de 5%.
Apesar da informação actualizada sobre os custos, as rendibilidades do novo mecanismo do ISP têm um ano de desfasamento. Pelo que não é possível comparar o desempenho entre seguros e fundos PPR. Estes últimos desvalorizaram-se, em 2008, mais de 10%.
Está disponível, desde 31 de Dezembro, o novo mecanismo de comparação dos custos e rendibilidades dos seguros PPR, disponibilizado pelo Instituto de Seguros de Portugal (ISP), que, a juntar-se ao simulador de custos dos fundos PPR da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), permite comparar os custos dos PPR nacionais pela primeira vez.
Da comparação entre os mais de 70 produtos comercializados em Portugal, resulta uma evidência: a transferência dos PPR sob a forma de seguro é mais cara. Estes cobram, em média, 2,24% pela transferência de instituição. O valor mais alto entre os seguros atinge os 5%. É esta a comissão imposta nos PPR da Generali e da Lusitânia.
Já nos fundos PPR, apenas um tem uma comissão tão elevada, o Millennium Reforma&Rendimento que é, aliás, o PPR mais penalizador do mercado português em termos de comissões. Este produto, vendido nas redes do BCP, tem um custo médio próximo dos 6%, entre comissões de adesão, transferência e resgate.
Somente dez produtos não cobram nada pela transferência, o equivalente a um sétimo do número total de aplicações existentes no mercado.
A subscrição de seguros é também, regra geral, mais dispendiosa. Os custos cobrados logo no momento de adesão ao PPR representam, em média, 1,88% do dinheiro aplicado. No caso dos fundos, esse valor médio fica-se pelos 1,05%. No geral, a adesão tem um custo médio de 1,65%.
O produto a cobrar mais pela subscrição é, uma vez mais, o fundo Millennium Reforma&Investimento, cuja comissão se situa nos 7%. Segue-se o Record PPR, da Groupana Vida, com uma comissão de aquisição que tem um tecto máximo de 6,45%.
Mas se a opção pela subscrição ou transferência é mais penalizadora, de um modo geral, nos seguros, num cenário de resgate antecipado revela-se mais vantajosa. Isto porque os custos de reaver o dinheiro aplicado antes da reforma, e fora das excepções legais para situações de doença ou desemprego prolongado, são mais altos nos fundos. Estes investimentos que não dão garantia de capital cobram, em média, 2,18% pelo resgate antecipado. Ao invés, os seguros arrecadam, em média, 1,41% do capital.
No entanto, os PPR com as comissões de resgate mais altas são os seguros do Crédito Agrícola e do Finibanco. Ambos com comissões de 6%. Segue-se, novamente, o Millennium Reforma&Rendimento, com um custo de 5%.
Apesar da informação actualizada sobre os custos, as rendibilidades do novo mecanismo do ISP têm um ano de desfasamento. Pelo que não é possível comparar o desempenho entre seguros e fundos PPR. Estes últimos desvalorizaram-se, em 2008, mais de 10%.