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Centralcer foi o título do ano

Segundo uma consulta efectuada, ao longo da semana, pelo Canal de Negócios aos seus leitores a Centralcer foi o título do ano. Pelo menos esta foi a opinião de 70% dos nossos leitores num universo de 1.653 votantes.

30 de Dezembro de 1999 às 14:01
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Segundo uma consulta efectuada, ao longo da semana, pelo Canal de Negócios aos seus leitores a Centralcer foi o título do ano. Pelo menos esta foi a opinião de 70% dos nossos leitores num universo de 1.653 votantes. No entanto, 30% dos leitores manifestou opinião contrária.

As acções da Centralcer registaram desde o início do ano uma valorização de cerca de 410%, tendo seguido uma trajectória ascendente ao longo de todo o ano, à medida que se foram intensificando os rumores de que iria ser vendida. A Central de Cervejas acabou por ser vendida à dupla Parfil/Banco Espírito Santo (BES) por 54,44 euros (10.915 escudos) por acção.

Contudo, a opinião dos nossos leitores foi contrária à manifestada por dois analistas contactados pelo Canal de Negócios, que afirmaram ambos que «a Centralcer não foi o título do ano». Segundo um analista «em termos de valorização, foi claramente, mas não se pode atender apenas à performance do título, tem que se olhar a uma série de outros factores, como a estratégia e as apostas da empresa».

Para este especialista «a Centralcer não mostrou qualquer estratégia ou aposta ao longo do ano, tendo sido apenas alvo de uma oferta pública de aquisição (OPA)». «A EDP é um dos títulos que seguiram uma estratégia correcta nas telecomunicações e, caso se concretize a aliança com a Telecel será o casamento perfeito, apesar da eléctrica nacional apresentar um desvalorização desde o início do ano de 7,41%», explicou o especialista.

Ainda o mesmo especialista referiu que «a ligação da Siva a um grupo financeiro é uma boa estratégia, ainda mais que conseguiu reforçar os laços com a VW, apesar de para o ano 2000, não ser esperado um crescimento das vendas dos automóveis». «O Grupo Sonae, seguiu uma boa estratégia, devido à parceria da Sonae.com com a France Telecom, além de seguir uma reestruturação bastante clara e criar projectos com valor acrescentado e retornos positivos», explica o analista.

Já outro analista também foi da mesma opinião ao afirmar que «sem dúvida que em termos de valorização, a Centralcer mostrou uma performance excepcional, no entanto, os títulos do ano encontram-se no sector das telecomunicações, como por exemplo uma PT Multimedia, que estarão em voga no próximo ano». Para o mesmo especialista «apesar do sector das bebidas estar a valorizar na ponta final do ano, não é um sector atractivo, pois a Centralcer deverá ser retirada do mercado accionista e a Unicer desiludiu mais uma vez os investidores em questões de investimento, ficando de fora na corrida à Centralcer, isto quando era um candidato assumido à sua compra».

O mesmo especialista referiu ainda que «apesar da Sumolis estar a registar consideráveis ganhos, já era esperado uma ligeira subida, mas não nestes termos, o que leva a pensar que haja mais do que uma mera especulação». O analista terminou acrescentando que «a Sumolis disparou para níveis acima do esperado, contudo, não me parece que estejamos perante uma nova “Centralcer” para o próximo ano».

Às 13h50, as acções da Centralcer cotavam nos 50,36 euros (10.096 escudos), registando uma desvalorização de 0,67%.

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