A semana nos mercados em oito gráficos: Mota-Engil foi a estrela do PSI-20

A semana foi de altos e baixos nos mercados. O dólar esteve em alta, mas o ouro continuou a perder brilho. Já nas bolsas, o PSI-20 viveu um período morno no acumulado das cinco sessões, tendência a que o Stoxx 600 e o alemão Dax escaparam mas que apanhou outras bolsas do Velho Continente, como a londrina e a madrilena.

Índice londrino destaca-se nas perdas

Entre as principais bolsas mundiais, a londrina destacou-se nas perdas semanais, com a IAG e o Royal Bank of Scotland (RBS) a pesarem no desempenho do índice FTSE 100, eu perdeu cerca de 1% no acumulado das cinco sessões. Apesar de o RBS ter reportado os primeiros lucros numa década, os analistas não gostaram dos custos acima do esperado para a reestruturação do grupo nem de uma avultada multa devido a má conduta.

Semana morna para o PSI-20

O índice de referência nacional registou uma semana sem grandes oscilações. O PSI-20 encerrou a sessão de sexta-feira a somar 0,36% para 5.469,91 pontos, a acompanhar um registo semanal no resto da Europa que também se pautou por subidas e descidas pouco acentuadas.

Mota-Engil brilha com mais 7,5%

A Mota-Engil registou a melhor performance do PSI-20 esta semana, com um ganho acumulado de 7,5%. A empresa esteve a ser beneficiada pelo bom momento do sector da construção na Europa, que no saldo de segunda a sexta-feira valorizou 0,59%.

Genmab sobressai entre as maiores subidas

A dinamarquesa Genmab, que é a maior biotecnológica europeia, teve o melhor desempenho do índice Stoxx 600. O índice que reúne as 600 maiores cotadas do Velho Continente ganhou 0,12% na semana e a Genmab disparou, no mesmo período, 14,06%. A contribuir para este desempenho esteve o facto de a empresa ter tranquilizado os investidores relativamente ao crescimento das vendas, este ano, do medicamento para o tratamento do mieloma – o Darzalex.

Chesapeake em destaque pela positiva

A Chesapeake Energy escalou 15,20% na semana, tendo chegado a disparar perto de 20% numa sessão, a melhor subida percentual desde Abril de 2016. O bom desempenhou deveu-se à apresentação de resultados trimestrais acima do esperado e boas perspectivas para o trimestre em curso.

Actas da Fed dão impulso ao dólar

A moeda norte-americana apreciou-se face às suas principais congéneres no cômputo semanal, a ganhar terreno contra o euro, libra esterlina e iene. Na quarta-feira, após a divulgação das actas da reunião de 30 e 31 de Janeiro da Fed, a última presidida por Janet Yellen, a nota verde disparou de imediato, animada pelo reforço das boas perspectivas para a economia dos EUA e de um possível acelerar do ritmo da normalização da política monetária, o que pode levar a que haja este ano mais do que as três subidas de juro estimadas.

Metal amarelo sem brilho

O ouro esteve a perder terreno nas últimas cinco sessões, tendo registado a terceira semana – em quatro – de perdas. O metal precioso tem estado a ser penalizado pela expectativa de que a Reserva Federal norte-americana vai acelerar a normalização da política monetária, impulsionando o dólar, moeda na qual o ouro é denominado, o que o torna menos atractivo para os investidores.

Juros das obrigações espanholas sobem 13,4 pontos

Os juros da dívida espanhola subiram esta semana, à semelhança da maioria das yields de referência na Europa, com excepção das Bunds alemãs. A yield associada às obrigações espanholas a dez anos subiu 13,4 pontos base para 1,595%, enquanto os juros de Portugal na mesma maturidade 3 pontos base para 2,065%.

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Carla Pedro cpedro@negocios.pt | Rui Santos - infografia 24 de Fevereiro de 2018 às 09:30

A bolsa nacional ganha 1,51% desde o início do ano. E se esta semana foi mais morna para o índice de referência nacional, isso não impediu a Mota-Engil de disparar 7,5%, à boleia do bom desempenho do sector da construção na Europa.

Já o índice londrino destacou-se pelas perdas, numa semana em que o saldo do Stoxx 600 foi positivo. Entre as cotadas europeias que mais sobressaíram do lado positivo esteve a dinamarquesa Genmab, que disparou 14,06%. A contribuir para este desempenho esteve o facto de a empresa ter tranquilizado os investidores relativamente ao crescimento das vendas, este ano, do medicamento para o tratamento do mieloma – o Darzalex.

Nos EUA, os principais índices regressaram a ganhos mais consistentes na sexta-feira – numa semana mais curta devido ao feriado de comemoração do nascimento do primeiro presidente do país, George Washington –, animados pela queda dos juros das obrigações do Tesouro.

No mercado cambial, destaque para o fortalecimento do dólar face às principais congéneres, muito à conta das actas da última reunião da Fed, que apontam para uma possível aceleração da subida dos juros.

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