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SAG afunda mais de 22% com SIVA em risco e subida dos prejuízos

As acções da SAG seguem em mínimos de mais de dois meses, depois de a empresa ter revelado que os seus prejuízos subiram no primeiro semestre e que a SIVA pode estar em risco.

João Pereira Coutinho é o principal accionista da SAG, ao controlar quase 81% do capital. Uma participação que vale 17,8 milhões de euros e que desvalorizou 3,13 milhões de euros, ou 14,94%, no primeiro semestre.
Rita Faria afaria@negocios.pt 14 de Agosto de 2018 às 09:00

As acções da SAG Gest estão a registar uma forte desvalorização na bolsa de Lisboa, depois de a empresa ter anunciado um agravamento dos prejuízos no primeiro semestre deste ano, e ter admitido que os problemas de liquidez ameaçam a continuidade da SIVA.  

Os títulos caem 19,19% para 12 cêntimos, depois de terem já afundado um máximo de 22,22% esta manhã para 11,55 cêntimos, o valor mais baixo desde 11 de Junho. Só na primeira hora de negociação, já trocaram de mãos mais de 294 mil acções da empresa, muito acima da média diária dos últimos seis meses, que não vai além das 65.500.

Esta evolução acontece depois de a SAG ter divulgado ontem, após o fecho do mercado, que fechou o primeiro semestre deste ano com prejuízos de 10,11 milhões de euros, o que compara com as perdas de 630 mil euros registadas no mesmo período de 2017.  

A empresa liderada por João Pereira Coutinho reconheceu que os problemas de liquidez estão a afectar negativamente a actividade operacional da SAG Gest e, em particular, da SIVA, distribuidora em Portugal das marcas Volkswagen, Audi, Skoda, Lamborghini e Bentley.

A SAG frisou que o primeiro semestre ficou marcado pela continuidade da "tendência de agravamento do risco de liquidez, que contribuiu para o declínio da actividade operacional da SAG Gest e, em especial, da subsidiária SIVA". 

 

No final do mês passado, o Jornal Económico avançou que a SAG Gest estava a negociar a venda da SIVA com a Porsche Holding Salzburg, a maior distribuidora automóvel da Europa e detida na totalidade pela Volkswagen.

Na apresentação de resultados, a empresa reconheceu que, durante o primeiro semestre, continuou a negociar com potenciais investidores, não havendo, porém, até à data, qualquer decisão ou acordo.

"O Conselho de Administração da SAG Gest continuou a desenvolver negociações com potenciais investidores e outros ‘stakeholders’ no sentido de encontrar soluções que permitam garantir a sustentabilidade das principais actividades desenvolvidas na área do comércio e distribuição automóvel, não existindo até à presente data qualquer decisão ou acordo, nem garantia de que os termos de um eventual acordo venham a permitir salvaguardar a continuidade do Grupo SAG Gest tal como presentemente tem vindo a operar, nem garantia de que tal acordo venha a existir no futuro", adverte o grupo neste mesmo comunicado.

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