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Novembro foi o melhor mês de Wall Street desde Março

As bolsas norte-americanas abriram em alta e terminaram em terreno misto, com dois novos máximos históricos pelo meio. Correcções à parte, Novembro foi o melhor mês desde Março para os mercados accionistas do outro lado do Atlântico.

Reuters
30 de Novembro de 2016 às 21:32
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O Standard & Poor’s 500 encerrou esta quarta-feira a ceder 0,27% para 2.198,81 pontos, depois de a meio da sessão ter chegado a estabelecer um novo máximo histórico, nos 2.214,10 pontos.

 

Também o tecnológico Nasdaq Composite inverteu os ganhos da abertura, tendo terminado a jornada a recuar 1,05% para 5.323,68 pontos.

 

Já o índice industrial Dow Jones conseguiu manter-se em terreno positivo, fechando com uma subida muito marginal, de apenas 0,01%, para 19.123,38 pontos – isto depois de, na negociação intradiária, ter marcado um novo recorde, nos 19.225,29 pontos.

 

As praças norte-americanas estiveram a ser impulsionadas pelo acordo da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP) no sentido de cortar a produção, pela primeira vez em oito anos, o que levou a uma forte subida dos preços do crude – para máximos de Fevereiro – e animou os títulos ligados à energia.

 

Entre os destaques pela positiva, neste sector, estiveram os títulos da ExxonMobil, Chevron, Marathon Oil, Anadarko Petroleum, Halliburton, Transocean e ConocoPhillips.

 

Entretanto, a meio da sessão a tendência inverteu-se e o dia acabou por fechar com apenas o Dow Jones no verde. Isto porque a ofuscar as subidas na energia estiveram os títulos das tecnologias e das "utilities" – que começam a sofrer maior pressão dada a convicção de que a Fed subirá os juros, pois são sectores que pagam os dividendos mais elevados.

 

Apesar deste recuo, o Dow Jones registou o melhor mês desde Março, ao ganhar acumuladamente 5,41%. No caso do S&P 500 e do Nasdaq Composite, foi o melhor mês desde Julho, com uma subida agregada de 3,42% e de 2,59%, respectivamente.

Foi em Novembro que os três principais índices bolsistas norte-americanos marcaram recordes consecutivos – tanto de fecho como históricos -, dada a convicção de que o presidente eleito, Donald Trump, levará a cabo políticas de aumento da despesa pública para estimular a economia.

 

Os investidores estão expectantes quanto à reunião de 13 e 14 de Dezembro da Reserva Federal norte-americana para verem se irá aumentar os juros directores – as probabilidades médias apontadas são de 100%, contra 68% no início de Novembro.

 

A agência de rating Fitch estima, num relatório divulgado hoje, que a Fed irá subir os juros em 25 pontos base na próxima reunião e que procederá a mais dois aumentos em 2017.

 

A Fed iniciou o movimento de subida das taxas de juro em Dezembro do ano passado, tendo os juros directores aumentado para um intervalo compreendido entre 025% e 0,50% - desde Dezembro de 2008 que estavam fixados no mais baixo nível de sempre, entre 0% e 0,25%.

 

A centrar as atenções dos investidores está também o relatório do emprego nos EUA, que será divulgado na sexta-feira, 2 de Dezembro.

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