Notícia
BCP desce quase 2% e arrasta PSI-20
A bolsa nacional já inverteu para terreno negativo, penalizada pelo BCP, que lidera as descidas no índice europeu da banca. Na Europa, o dia é de ganhos.
- 12
- ...
Depois de ter iniciado a sessão com sinal verde, a bolsa nacional já inverteu para terreno negativo, arrastado pela evolução das acções do BCP. Nesta altura, o PSI-20 recua 0,13% para 5.530,73 pontos, seguindo em baixa pela segunda sessão consecutiva.
Lisboa contraria, assim, o optimismo que marca a negociação na Europa, com os investidores animados com os resultados trimestrais das empresas, sobretudo do sector industrial. Ainda assim, alguns números ficaram abaixo do esperado, incluindo do Deutsche Bank e da Lufthansa.
O índice de referência para a Europa, o Stoxx600 segue em alta depois de duas sessões consecutivas de perdas, com uma subida de 0,43% para 381,80 pontos. As empresas do sector alimentar, construção e telecomunicações são as que mais contribuem para a valorização do índice.
Em Lisboa, pelo contrário, o PSI-20 está a ser arrastado pelo BCP, que é o membro do índice europeu da banca que mais desvaloriza. As acções descem 1,80% para 28,33 cêntimos, depois de já ontem terem perdido 1,13%. Nas sete sessões anteriores, o banco liderado por Nuno Amado valorizou em seis.
A contribuir para a tendência negativa do principal índice nacional estão ainda os CTT, a EDP e a Semapa.
A empresa de correios desliza 0,92% para 3,024 euros, a Semapa cai 0,76% para 18,26 euros e a EDP recua 0,72% para 3,187 euros.
Ainda no sector da energia, a EDP Renováveis ganha 0,19% para 7,965 euros, a REN valoriza 0,39% para 2,572 euros e a Galp Energia soma 0,60% para 15,875 euros, acompanhando os ganhos do petróleo nos mercados internacionais.
Por outro lado, a evitar uma maior descida do PSI-20 estão, além da Galp, a Nos e a Jerónimo Martins. A operador liderada por Miguel Almeida sobe 0,94% para 4,938 euros, enquanto a Jerónimo Martins avança 0,24% para 14,37 euros, depois de ter anunciado, esta manhã, que os seus lucros aumentaram 9,1% no primeiro trimestre para 85 milhões de euros.
Fora do PSI-20, a Teixeira Duarte ganha 3,26% para 28,5 cêntimos, com os títulos a reagirem positivamente ao plano anunciado pela construtora na quarta-feira para vender activos de modo a reduzir o endividamento da empresa, que contempla também um acordo com a banca.
No mesmo dia, a construtora anunciou que fechou 2017 com prejuízos de 4,7 milhões de euros em 2017, os primeiros desde 2011 e que comparam com os lucros superiores a 20 milhões de euros em 2016.
A Corticeira Amorim desliza 0,91% para 10,90 euros, no primeiro dia em que as acções negoceiam sem direito ao dividendo. Não fosse este efeito, estariam a subir 0,8%.