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Comissão responde à Ryanair: “trabalhadores não têm de negociar o respeito pelas regras europeias”

O presidente da Ryanair pediu para ser recebido em Bruxelas. E a comissária com a pasta do emprego e dos assuntos sociais recebeu-o. Mas a mensagem foi peremptória: as regras de trabalho são para cumprir. Marianne Thyssen reiterou: "os grandes sucessos vêm com grandes responsabilidades".

Sara Antunes saraantunes@negocios.pt 26 de Setembro de 2018 às 12:22

A comissária europeia para o Emprego, Assuntos Sociais, Competências e Mobilidade Laboral, Marianne Thyssen, recebeu o presidente executivo da Ryanair, Michael O'Leary, num encontro pedido pelo próprio. O tema foi a aplicação da legislação laboral, numa altura em que a companhia aérea low-cost está sob fogo cruzado com várias greves anunciadas pelos trabalhadores.

A responsável salientou que as regras europeias para os contratos de trabalho são claros: "não é a bandeira da companhia aérea que determina a legislação a aplicar. São os locais de onde os trabalhadores saem de manhã e regressam ao final do dia", revela a Comissão através de uma nota publicada no site oficial. 

"Respeitar a legislação da UE não é algo que os trabalhadores tenham de negociar, nem algo que possa ser feito de forma diferente de país para país. Deixei isto muito claro", afirmou a comissária no encontro com Michael O'Leary, citada na mesma nota.

"Não estou contra a Ryanair, ou contra o modelo de negócio low-cost. Mas com um grande sucesso vem também uma grande responsabilidade. O mercado interno não é uma selva; tem regras claras de mobilidade laboral e protecção dos trabalhadores", realçou a responsável. 

A companhia aérea Ryanair anunciou que serão cancelados mais de 100 voos marcados para esta sexta-feira. Em causa estará a greve do pessoal de cabine marcada para o dia 28 de Setembro, que deverá afectar 30 mil passageiros.

 

No passado dia 13 de Setembro, vários sindicatos anunciaram a greve de tripulantes da companhia aérea de baixo custo para reivindicar, nomeadamente, a aplicação das leis laborais nacionais e não a irlandesa, país de origem da empresa. Ao protesto vão aderir trabalhadores das bases belgas, holandesas, italianas, espanholas e portuguesas.

 

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