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CEO da ANA: “Estamos a finalizar negociação económica com o Estado”

O presidente executivo da ANA salientou no Parlamento que além de o projecto do Montijo poder entrar ao serviço mais cedo, em 2022, também as companhias aéreas disseram que não iriam para Alcochete.

Lusa
Maria João Babo mbabo@negocios.pt 26 de Setembro de 2018 às 13:57

O presidente executivo da ANA – Aeroportos de Portugal disse esta quarta-feira no Parlamento que a concessionária está nesta momento a "finalizar com o Governo a negociação da parte económica do projecto de expansão de capacidade aeroportuária na região de Lisboa".

 

Thierry Ligonnière salientou que a ANA "não precisa de ganhar mais dinheiro, mas também não quer perder dinheiro face à situação anterior" e que o projecto para o futuro aeroporto complementar assim como para a expansão do Humberto Delgado "representam centenas de milhões de euros".

 

"É uma mudança radical no equilíbrio económico da concessão", afirmou, considerando a equação "difícil e desafiante", razão por que as negociações com o Estado "tenham demorado bastante tempo".

 

"Estamos a chegar ao fim das negociações na parte económica. A ideia é passarmos o mais rapidamente possível para a parte da realização", disse.

 

Thierry Ligonnière explicou aos deputados que foram estudadas outras soluções mas que "a escolha foi bastante simples de fazer: o impacto económico é totalmente diferente".

Segundo explicou, no caso do Montijo, a ANA prevê que entre em vigor em 2022, enquanto um novo aeroporto demoraria muito mais tempo.

 

Por outro lado, acrescentou, "nas conversas com as companhias aéreas elas não iam para a solução em Alcochete". "Fica muito longe e o custo do transporte para ir para Alcochete tinha de ser compensado num preço mais atractivo nos bilhetes", afirmou, acrescentando que nesse caso "a equação económica não funcionava", nem para as companhias aéreas nem pelos objectivos de não haver verbas do Estado e as taxas se manterem competitivas.

Thierry Ligonnière salientou ainda que as acessibilidades são uma das razões da escolha do Montijo, precisamente por ser "curta, seja por via rodoviária seja fluvial".

 

O CEO da ANA disse ainda que a infra-estrutura do Montijo está planeada para poder atingir 20 milhões de passageiros e 24 movimentos por hora em 2062, data do final da concessão, mas que se o crescimento do tráfego for mais rápido do que nas projecções há "a possibilidade de desenvolver um pouco mais a infra-estrutura para acolher mais tráfego".

 

"24 movimentos é uma coisa modesta à luz da capacidade que pode ser acolhida no aeroporto do Montijo", disse ainda o responsável.

Questionado sobre a necessidade de o projecto para o novo aeroporto ser sujeito a uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE), como pretendem associações ambientalistas, Thierry Ligonnière explicou que "foi considerado não apresentar", mas que "em todo o caso a AAE está pronta, e se for necessário apresentar estamos em condições de poder fazê-lo".

 

O responsável explicou que essa avaliação tem como objectivo comparar várias soluções e "o entendimento do concedente é que as outras soluções não são soluções", até porque o caderno de encargos entregue à concessionária é que, com a solução para o aumento da capacidade aeroportuária na região de Lisboa, "não deve haver encargos sobre o Estado".

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