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Martifer com lucros de 6,5 milhões após sete anos de prejuízos

A empresa dos irmãos Carlos e Jorge Martins fechou o exercício de 2017 com lucros de 6,5 milhões de euros, o que compara com prejuízos de 43,6 milhões de euros no ano anterior. A dívida líquida baixou 47 milhões para 189 milhões de euros.

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Rui Neves ruineves@negocios.pt 16 de Abril de 2018 às 19:09

Após ter acumulado mais de 360 milhões de euros de prejuízos, nos últimos sete anos, a Martifer voltou a fechar um exercício completo em terreno positivo.

 

A empresa controlada pelos irmãos Carlos e Jorge Martins obteve lucros de 6,5 milhões de euros em 2017, o que compara com os prejuízos de 43,6 milhões de euros no ano anterior, de acordo com o comunicado da empresa publicado no site da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), esta segunda-feira, 16 de Abril.

Sem detalhar as razões que determinaram esta inversão da performance económico-financeiro do grupo, o mesmo comunicado avança que o EBITDA (resultado antes de juros, impostos, depreciações e amortizações) quase duplicou para os 8,5 milhões de euros e a margem para 5%.

 

Com o profundo emagrecimento da companhia, cuja diversificação a levou a uma facturação de mais de 900 milhões de euros há 10 anos, a Martifer encerrou o último exercício com proveitos operacionais de 185,6 milhões de euros, contra 217,1 milhões no ano anterior.

 

A construção metálica, a actividade fundacional da Martifer, contribuiu com 109 milhões de euros para o volume de vendas da empresa, seguindo-se a indústria naval, com 63 milhões, e as energias renováveis com 17 milhões de euros.

 

A construção naval, com a West Sea (subconcessionária dos estaleiros navais de Viana do Castelo) e a Navalria, já representa 28% da carteira de encomendas da empresa, que chega aos 303 milhões de euros, mais 64 milhões do que um ano antes.

De resto, a empresa dos irmãos Martins continua apostada em reduzir a dívida líquida, que chegou a atingir os 609 milhões em 2008 - encerrou o exercício de 2017 com uma dívida líquida de 189 milhões de euros, o que traduz um corte de cerca de 47 milhões de euros face ao ano de 2016.

 

Como perspectivas futuras, o grupo aponta a "implementação de um novo modelo de governo", no qual "os accionistas de referência não têm funções executivas", e a aprovação de um novo plano estratégico, que estará assente em vários pilares, destacando-se o "incremento da eficiência operacional, planeamento e produtividade em especial na construção metálica, consolidação na indústria naval e reforço da estratégia de crescimento sustentável na ‘renewables’".

 


(Notícia actualizada às 19:34)

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