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Empresa da Maia mobila palácio presidencial do Turquemenistão
A Frato ganhou concurso da construtora francesa Vinci, no valor de um milhão de euros, para fornecer o novo equipamento de mobiliário usado pelas autoridades de Ashgabat.
Uma empresa da Maia, especializada em mobiliário de luxo, completou este mês o contrato de fornecimento de todo o equipamento amovível para o palácio de Gurbanguly Berdimuhammedow, presidente do Turquemenistão, e também para o novo edifício de 55 mil metros quadrados de área coberta, que alberga os principais ministérios e serviços estatais desta república da Ásia Central, como as tutelas do petróleo e gás, da agricultura, saúde e cultura.
Segundo adiantou ao Negócios o CEO da Frato, Carlos Santos (foto em baixo), o contrato de produção e montagem de mobiliário no Palácio Oguzkhan, no valor de um milhão de euros, foi firmado em Junho com a Vinci Construction, a unidade de construção que vale 50% do volume de negócios do grupo que ganhou a privatização da ANA, cuja facturação anual ronda os 32 mil milhões de euros. Apresentada aos franceses pela arquitecta local responsável pelo projecto – e que já era cliente da Frato –, na fase final a indústria nortenha acabou por superar a concorrência italiana e eslovaca.
“A Vinci é um cliente exigente. Foi a primeira vez que trabalhámos com eles e foi muito positivo
Carlos Santos, CEO da Frato
chegar ao final deste processo sem mácula. Apesar de não termos ficado com a parte de projecto, de desenho, de arquitectura, sentimo-nos capazes de o fazer no futuro. E queremos aliar a capacidade produtiva, de montagem e de gestão de projecto a essa parte criativa”, descreveu Carlos Santos, garantindo que já está “a preparar novos projectos” e que há “fortes probabilidades de conseguir coisas novas com eles”.
Para a empresa maiata, que exporta 98% da produção para 47 países – “muitos deles fora da rota habitual de comércio português” –, mais do que a instalação da mercadoria na capital do Turquemenistão, o “mais difícil” acabou por ser a própria negociação prévia com a Vinci, que “é muito exigente contratualmente”. “Tivemos dificuldades com as garantias bancárias que apresentamos. Numa fase inicial, devido ao ‘rating’ da República [portuguesa], não foram aceites. Foi um entrave à negociação mas conseguiu-se ultrapassar”, detalhou Carlos Santos.
Nova empresa para o sector hoteleiro
Após fechar o ano de 2013 com uma facturação de 2,5 milhões de euros (mais 140% face ao período homólogo), o empresário que criou com a esposa esta marca que compete com as “globais” Fendi Casa, Armani Casa ou Ralph Lauren Home avançou com um projecto autónomo focado no segmento não residencial, que representa anualmente 10% a 20% do volume de negócios.
A Idezi Concept está a ser apresentada ao mercado na feira “Maison & Objet”, que decorre até terça-feira em Paris, propondo aos clientes um serviço integrado, desde o projecto de arquitectura até à decoração de interiores, sobretudo para hotéis, restaurantes e aeroportos. Apesar de contar com uma estrutura própria, Santos acredita que a nova empresa vai beneficiar das sinergias com a Frato.
Esta parceria entre as duas marcas do grupo passará pelos recursos humanos, técnicos e produtivos – parte dos materiais terão produção própria e o restante será subcontratado a empresas da região –, assim como nos contactos profissionais já existentes a nível internacional. Um dos projectos emblemáticos na carteira da empresa portuguesa foi com a cadeia de hotéis "Four Seasons", que especificou a Frato para mobiliário, estofo e iluminação nas zonas públicas da unidade de Moscovo, que abrirá em 2014.