Segundo uma consulta efectuada durante esta semana pelo Canal de Negócios aos seus leitores, o preço oferecido na oferta pública de aquisição (OPA) sobre a Colep, deverá ser revisto. Pelo menos esta foi a opinião de 75% dos nossos leitores num universo de 6.876 votantes. Contudo, 25% não acreditam numa revisão do preço da oferta da Primical.

No entanto, a opinião dos leitores é contrária à de uma analista contactado pelo Canal de Negócios, que referiu que«apesar do preço oferecido ser muito baixo, não acredito numa revisão do preço». A mesma especialista acrescentou que «a verdade é que a Colep já anda para ser vendida há dois anos, e o “manegement” ainda não o conseguiu». Para a analista «a Colep é uma empresa muito especial, pois opera num nicho de mercado dominado pelas empresas internacionais. No entanto, o “manegement” da Colep já tentou vender a empresa de Vale do Cambra a estas grandes multinacionais, embora não tendo sucesso, pelo que será agora a oportunidade de se concretizar a venda».

A mesma analista refere ainda que «por detrás da compra, encontra-se um antigo administrador da Colep, que abandonou a empresa este ano». Por fim, a especialista refere que «um dos problemas desta venda, está em saber como está disperso o “free-float” da Colep».

Outro analista ainda adiantou que «o preço oferecido não é mau se tivermos em conta as últimas cotações da empresa, contudo, em relação ao preço a que a Colep foi colocada no mercado, 10,5 euros (2.105 escudos), o preço é bastante baixo»

Recorde-se que a Colep sofreu uma OPA sobre a totalidade do seu capital, por parte da Primical. O intermediário financeiro da operação é a Midas e o preço oferecido é de oito euros (1.603 escudos) por acção.

As acções da Colep encerraram, hoje, com uma valorização de 0,24%, transaccionando agora nos 8,36 euros (1.676 escudos). Deste modo, os títulos da Colep negoceiam 4% acima do valor oferecido pela Prirmical.