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Grupo Sonae procura aquisições no Brasil
O Grupo Sonae volta a apostar no Brasil e está à procura de realizar aquisições na maior economia da América Latina, sobretudo na área dos seguros. Na distribuição, a estratégia passa por Turquia, Espanha, Roménia e Marrocos e na América Latina a empresa está a olhar para outro país com um "progresso incrível", a Colômbia.
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Em entrevista ao Valor Económico”, Paulo Azevedo, presidente da Sonae SGPS, afirma que a empresa tem novos planos para o mercado brasileiro: expandir o negócio dos centros comerciais, efectuar aquisições nos seguros e abastecer a rede de lojas na Europa com produtos brasileiros: cutelaria, têxteis, fruta, carnes e peixe.
Neste negócio Paulo Azevedo diz que a Sonse SGPS quer actuar também no negócio de resseguros.
No negócio dos centros comerciais, a Sonae tem nove unidades em funcionamento e prevê abrir mais três no futuro. Questionado sobre o porquê de o grupo não aproveitar os centros comerciais para albergar as lojas, Paulo Azevedo refere que “os negócios do grupo devem-se sustentar por si e crescer com independência e, em segundo lugar, o mercado brasileiro é muito grande, por isso a opção de começar a expandir as redes de roupas e artigos desportivos, por exemplo, em países menores e mais próximos de Portugal”.
Na distribuição, depois de ter saído do Brasil em 2005, a Sonae está agora a efectuar a “segunda rodada de expansão”, diz Paulo Azevedo, que cita os vários mercados (Espanha, Turquia, Roménia e Marrocos) para abrigar os diversos formatos de lojas do grupo - desde hiper e supermercados até marcas especializadas em roupa, artigos desportivos e electrodomésticos.
Na América Latina, além do Brasil, o CEO do Sonae diz que a empresa tem vindo a fazer viagens de estudo na Colômbia, mas ainda sem definições. "A Colômbia foi uma surpresa para nós. Há um progresso incrível naquele país", disse.
Também no Brasil o CEO, da Sonae SGPS fala da outra empresa do Grupo presente no país, a WeDo. Esta companhia começou a operar em 2002, trabalhando para a Oi, do grupo Telemar, tendo em 2007 facturado 12,5 milhões de reais.
Paulo Azevedo prevê que até final do ano a WeDo atinja um volume de negócios de 50 milhões de euros e a meta para 2010, é de 100 milhões de euros.
"A Sonaecom tem projectos de desenvolver empresas que facturem até 50 milhões de euros. Depois disso, podemos vender", refere Paulo Azevedo, falando sobre a venda da Enabler aos indianos da Wipro.