A EDP, a companhia de electricidade portuguesa, e a Iberdrola, eléctrica espanhola, estão a analisar uma possível fusão, que dará origem à maior empresa do sector nos dois países.

Deste modo, caso tenha sucesso a fusão entre as duas eléctricas daria origem ao maior grupo ibérico no sector, ultrapassando assim a Endesa. Segundo o «Diário de Notícias», o Governo português estaria de acordo com o negócio. No entanto, a parte portuguesa envolvida no negócios impõe como condição que a sede da nova empresa conjunta seja em Lisboa e que o Estado português detenha uma posição no capital do novo gigante «eléctrico» através de uma «golden-share».

O mesmo jornal, adianta que o processo já começou a algum tempo na sequência do reforço da posição da EDP no capital da Iberdrola. Entretanto, na altura também havia interesse por parte da petrolífera Repsol. Contudo, o projecto da petrolífera espanhola não avançou, tendo a eléctrica nacional continuado com o projecto. Deste modo, esta fusão permite às duas eléctricas reforçarem a sua quota de mercado e protegerem-se contra ofertas publicas de aquisição (OPA), por parte de outras companhias de electricidade.

Recorde-se que as duas eléctricas haviam acordado uma troca de participações, entre as duas empresas, que teve iniciou na segunda fase de privatização da EDP. A Iberdrola tem cerca de 3,5% do capital da EDP, enquanto que a eléctrica nacional detém 2,5% da companhia de electricidade espanhola.

No entanto, a Iberdrola é uma das candidatas a adquirir uma parte do capital da «holding» energética Galp, e a segunda maior companhia de electricidade espanhola, tendo apresentado um resultado líquido no fim dos primeiros nove meses deste ano de 573,6 milhões de euros (115 milhões de contos).

As acções da EDP fecharam ontem nos 16,44 euros (3.295 escudos) com uma valorização de 0,31%.