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BCE reitera que inflação impede descida das taxas de juro

O BCE espera um período de "taxas de inflação relativamente elevadas mais prolongado do que o esperado há alguns meses", escreve a instituição monetária no seu boletim mensal, hoje divulgado, dando sinais de que não há margem para descidas das taxas de ju

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O BCE espera um período de "taxas de inflação relativamente elevadas mais prolongado do que o esperado há alguns meses", escreve a instituição monetária no seu boletim mensal, hoje divulgado, dando sinais de que não há margem para descidas das taxas de juro na Zona Euro, pelo menos para já.

Apesar de reconhecer que a "incerteza acerca do crescimento económico permanece invulgarmente elevada" e que "estes riscos estão sobretudo relacionados com um impacto potencialmente mais alargado do que o actualmente esperado dos desenvolvimentos nos mercados financeiros", o Conselho do BCE reitera no seu boletim de Março que não existe margem, pelo menos no imediato, para baixar o preço do dinheiro.

Porquê? "Os riscos quanto às perspectivas para a inflação a médio prazo encontram-se do lado ascendente", explica o BCE depois de perspectivar que "é muito provável que a taxa de inflação homóloga medida pelo IHPC permaneça significativamente acima de 2% nos próximos meses e que registe apenas uma moderação gradual mais adiante, no decurso de 2008".

Esta linha de orientação do BCE, agora tornada mais transparente num documento oficial da instituição, vem dar expressão institucional às mais recentes declarações de Axel weber.

O presidente do banco central alemão e membro do conselho de governadores do Banco Central Europeu, afirmou esta semana que não vê qualquer "margem de manobra" da autoridade monetária para reduzir a taxa de juro na Zona Euro, depois da valorização dos preços do petróleo para o valor mais elevado de sempre.

Em Março, pelo nono mês consecutivo, o BCE decidiu manter inalterada a taxa de juro de referência nos 4%. Isto apesar da Reserva Federal norte-americana (FEF) ter efectuado dois cortes na taxa de referência em Janeiro, um deles com carácter de urgência, situando-a nos 3%.

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