Notícia
Construção de edifícios teve o pior trimestre dos últimos 12 anos
No primeiro trimestre de 2013 foram licenciados 4.300 edifícios e concluídos 5.400, em Portugal. Estes são os valores trimestrais mais baixo desde o primeiro trimestre de 2001.
O primeiro trimestre de 2013 registou uma diminuição de 9,4% nos edifícios licenciados face ao trimestre anterior, bem como uma redução de 20,7% nos edifícios concluídos, segundo os dados do Instituto Nacional de Estatística (INE).
No ano que terminou em Março de 2013, os edifícios licenciados registaram uma quebra de 19,7%, enquanto que os edifícios concluídos diminuíram 13,1%.
No total concedidas 4.300 licenças de construção de edifícios e concluídos 5.400, o que, segundo o INE, são os valores mais baixos desde o primeiro trimestre de 2001.
Do total de edifícios licenciados, 54,5% correspondem a construções novas e, destas, 59,7% destinam-se a habitações familiares. O número de construções novas licenciadas registou uma diminuição de 12% face ao trimestre anterior, enquanto que as construções novas concluídas registaram um decréscimo de 23,4%, no mesmo período.
Todas as regiões apresentaram variações anuais negativas no que se refere ao número de edifícios licenciados, com destaque para as regiões da Madeira (-35,2%) e do Alentejo (-31,4%).
As regiões Norte e Centro, com 74% e 73,9%, respectivamente, foram as mais representativas em termos de edifícios e fogos licenciados em construções novas para habitação familiar, no primeiro trimestre do ano.
O número total de edifícios concluídos apresentou uma variação média anual negativa de 13,1%, para o ano que terminou em Março de 2013. Todas as regiões apresentaram variações médias anuais negativas, com destaque para a Madeira (26,5%) e para o Algarve (22,3%).
Em relação aos edifícios concluídos em construções novas para habitação familiar, a diminuição média anual foi de 18,9%, com todas as regiões a apresentarem variações negativas, especialmente a Madeira e o Algarve, ambas com 35,4%.
Do total de edifícios concluídos no primeiro trimestre de 2013, 72,9% localizavam-se nas regiões Norte e Centro. Lisboa e Algarve apresentaram a maior proporção de construções destinadas à habitação familiar, com 83,9% e 83,6%, respectivamente, face aos 76,9% do conjunto do país, para o primeiro trimestre do ano.
O sector da construção tem vindo a ser afectado pela quebra de vendas de casas - depois da crise financeira ter determinado um corte na concessão de crédito - bem como as redução das obras públicas.
Mas no primeiro trimestre do ano, houve outro factor a penalizar o sector: “O investimento no primeiro trimestre é adversamente afectado pelas condições meteorológicas no início do ano, que afectaram a actividade da construção”, explicou o ministro das Finanças, Vítor Gaspar no passado dia 7 de Junho.