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Mercadona procura operadores de supermercado em Portugal

A cadeia espanhola paga um salário bruto de 897,10 euros (incluídos duodécimos) e subsídio de alimentação de seis euros. Recrutamento arranca com 60 vagas para as primeiras lojas em Gaia, Matosinhos e Gondomar.

António Larguesa alarguesa@negocios.pt 23 de Janeiro de 2018 às 11:41

A Mercadona abriu esta terça-feira, 23 de Janeiro, o processo de recrutamento de operadores para os primeiros quatro supermercados em Portugal, que têm abertura prevista em 2019 e que ficarão localizados em Vila Nova de Gaia (arranca com duas unidades), Matosinhos e Gondomar.

 

Frutaria, peixaria, talho, charcutaria, pastelaria e padaria, perfumaria, caixas, reposição, limpeza, serviço ao domicílio e manutenção. É para todas estas áreas e secções de lojas que o grupo de Valência está a contratar, exigindo a escolaridade mínima obrigatória, disponibilidade para trabalhar 40 horas semanais e "uma forte orientação para o atendimento ao cliente".

 

As candidaturas podem ser feitas através do site da empresa em Portugal, que no arranque do processo disponibiliza 60 vagas para operador de supermercado nos três concelhos do Grande Porto. Segundo as ofertas consultadas pelo Negócios, a retalhista oferece uma retribuição mensal de 897,10 euros brutos (incluídos duodécimos de subsídio de férias e Natal), subsídio de alimentação de seis euros brutos por dia trabalhado e a promessa de "promoção interna".

 

"As pessoas contratadas vão receber uma formação inicial em Espanha, onde aprenderão o Modelo de Qualidade Total [modelo de gestão aplicado pela Mercadona] e a desempenhar as funções próprias do respectivo posto de trabalho. Durante o período da formação, os colaboradores terão todos os gastos de alojamento e alimentação a cargo da empresa, assim como as deslocações", frisa fonte oficial.

Inovação e logística num investimento de 25 milhões

 

Foi em Junho de 2016 que o grupo liderado por Juan Roig Alfonso anunciou a decisão de arrancar o plano de internacionalização com a entrada no mercado português, estimando um investimento de 25 milhões de euros. Com escritórios no Porto, onde está a sede da sociedade Irmãdona Supermercados S.A., já contratou 120 profissionais para postos de direcção intermédia em Portugal.

 

Já em funcionamento está o Centro de Coinovação, construído na Avenida Menéres, em Matosinhos, onde a empresa líder de mercado no país vizinho está a definir e testar a gama de produtos, com o objectivo de "adaptar a sua oferta aos hábitos e preferências do consumidor português e desenvolver produtos inovadores".

 

Assentando o negócio nas chamadas lojas de proximidade, a retalhista vai também montar um centro logístico no Parque Industrial de Laúndos, no concelho da Póvoa de Varzim. Esta unidade com mais de 17 mil metros quadrados deverá estar pronta em Janeiro de 2019, de acordo com as previsões da empresa que entra para desafiar a liderança de mercado da Sonae e da Jerónimo Martins (JM)

 

 

No primeiro trimestre de 2017, depois de Pedro Soares dos Santos, presidente do grupo (JM) que detém as lojas Pingo Doce, ter expressado dúvidas sobre a entrada da Mercadona no país – "é ver para crer, como São Tomé" –, a directora de relações externas, Elena Aldana, apressou-se a garantir que a cadeia "veio para ficar". E no dia seguinte, o próprio presidente do grupo veio a terreno sublinhar que em Portugal terá "concorrentes, mas não inimigos".

 

Questionado sobre a reacção dos grandes grupos de distribuição portugueses, Juan Roig Alfonso reconheceu que ela é "normal". "Da mesma forma que eu reagiria se um concorrente abrisse ao meu lado", acrescentou o gestor durante a conferência de apresentação de resultados, em Março do ano passado. "Por um lado não gostamos, mas é isso que nos faz trabalhar melhor todos os dias", concluiu.

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