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Centeno: Agências de rating mostram reconhecimento abrangente dos progressos de Portugal

O Ministério das Finanças, em reacção à manutenção da dívida soberana de Portugal no patamar de investimento especulativo por parte da Moody’s, destaca que tem havido por parte das agências de rating "um reconhecimento abrangente dos progressos significativos do modelo económico português".

Bruno Colaço
Negócios jng@negocios.pt 26 de Abril de 2018 às 20:19

Na passada sexta-feira, a agência de notação financeira Moody’s decidiu não se pronunciar sobre a classificação da dívida soberana de longo prazo de Portugal, mantendo-a assim no primeiro nível de lixo – que corresponde a um patamar de investimento especulativo.

 

Com essa decisão, a Moody’s é a única das principais agências que ainda não considera a dívida de Portugal um investimento de qualidade. E esta segunda-feira, num relatório a que o Negócios teve acesso, justificou a decisão: é que a banca ainda está "fraca" e a dívida é uma das maiores do universo de países avaliado pela Moody's. A agência reconhece progressos, mas considera que ainda não chegam.

 

Sobre este facto, o Ministério das Finanças sublinha que apesar de não ter havido alteração da notação pela Moody’s, a agência "actualizou em alta o seu intervalo de rating para a dívida portuguesa, para Baa1-Baa3, colocando-o dentro do nível de investimento e acima da notação de rating atribuída actualmente".

 

"Este intervalo reflecte a aplicação da metodologia de ratings de soberanos da agência, mas não implica uma alteração automática da própria notação, a qual é definida com base numa decisão colegial", salienta o ministério tutelado por Mário Centeno.

 

As Finanças recordam ainda o facto de a Moody’s ter atribuído uma perspectiva positiva ao rating Ba1 de Portugal, em Setembro do ano passado, tendo referido que num prazo entre 12 e 18 meses se voltaria a pronunciar.

 

Sobre a decisão Moody’s, o Ministério não se prolonga, preferindo realçar que as agências Standard & Poor’s e Fitch retiraram Portugal do lixo no ano passado e que a DBRS, na sua mais recente avaliação, colocou a notação da dívida portuguesa num grau acima do nível de investimento mínimo.

 

"O movimento das principais agências de rating mostra um reconhecimento abrangente dos progressos significativos do modelo económico português, baseado na gestão equilibrada das contas públicas e na promoção de um crescimento sustentável", destaca o comunicado do Ministério das Finanças.

 

"Portugal virou decisivamente a página da crise. A estratégia bem sucedida de crescimento equilibrado e inclusivo explica o momentum de rating positivo" afirmou Mário Centeno.

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