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IEFP: Queda do desemprego perde ritmo. Construção destaca-se pela positiva

O desemprego registado no IEFP continua a baixar, mas tem perdido ritmo nos últimos meses. O destaque vai para a queda de desemprego na construção.

Paulo Duarte
19 de Fevereiro de 2019 às 16:14
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Portugal tinha 350.772 pessoas registadas como desempregadas nos centros de emprego no final de janeiro, revelou o Instituto do Emprego e da Formação Profissional (IEFP) esta terça-feira, 19 de janeiro. Face a janeiro do ano passado, a queda é de 15,6%, o que sinaliza uma desaceleração do ritmo de melhoria do mercado de trabalho. Ainda assim, há setores com melhorias expressivas como é o caso da construção onde o desemprego registado baixou 26%, em termos homólogos.

"O total de desempregados registados no país foi inferior ao verificado no mesmo mês de 2018 (-64.767; -15,6%) e superior ao mês anterior (+11.737; +3,5%)", adianta o IEFP. De facto, o desemprego registado aumentou nos últimos três meses em cadeia (ou seja, de um mês para o seguinte). No entanto, essa subida, principalmente em janeiro, "está em linha com o padrão observado habitualmente" neste mês nas últimas três décadas, segundo o Ministério do Trabalho. 

Focando a análise na comparação homóloga, é possível perceber que o desemprego registado no IEFP continua a diminuir, mas menos do que aconteceu em 2017 e 2018. O "pico" da melhoria foi registado em julho do ano passado, mês em que a queda homóloga foi a maior da recuperação do mercado de trabalho (-20,6%) e em que se registou o número mais baixo de desempregados registados no IEFP desde 2002

Desde então que a melhoria deste indicador tem vindo a ser cada vez mais tímida, ainda que o número de desempregados registados continue a baixar. Em janeiro, a queda foi de 15,6%, a mais baixa desde o início de 2017. "Para a diminuição do desemprego registado, face ao mês homólogo de 2018, contribuíram todos os grupos do ficheiro de desempregados, com destaque para os homens, os adultos com idades iguais ou superiores a 25 anos, os inscritos há um ano ou mais, os que procuravam novo emprego e os que possuem como habilitação escolar o 1.º ciclo básico", detalha o IEFP. 

A melhoria foi transversal a todas as regiões do país, mas as quedas mais acentuadas registaram-se nas regiões Norte (-18,6%) e Lisboa Vale do Tejo (-16,1%). Quanto a setores, a redução do número de desempregados, em termos homólogos, também foi transversal (exceto na indústria do couro e dos produtos do couro, que registou uma subida), mas o destaque vai para a construção onde se registou uma queda de 26%, a maior de todas.

Ao longo de janeiro, inscreveram-se nos centros de emprego 54.968 desempregados, o que representa uma queda de 0,9% face a janeiro de 2018 mas uma subida de 34,8% face ao mês anterior. Também neste caso a variação entre dezembro de 2018 e janeiro de 2019 é semelhante à que se tem registado em anos passados.

Segundo o IEFP, as ofertas de emprego por satisfazer no final de janeiro totalizavam 14.293, menos 15,8% face a janeiro de 2018 mas mais 16,1% face a dezembro de 2018.

De acordo com o Ministério do Trabalho, o desemprego jovem registou uma queda homóloga de 20% e o desemprego de longa duração uma diminuição de 23%. 
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