Notícia
António Borges critica falta de auto regulação nos EUA
O português António Borges preside, desde Julho, o Hedge Funds Standards Boards, uma instituição europeia que defende as melhores práticas na indústria de fundos de cobertura de risco, os chamados "hedge funds".
17 de Dezembro de 2008 às 10:49
O português António Borges preside, desde Julho, o Hedge Funds Standards Boards, uma instituição europeia que defende as melhores práticas na indústria de fundos de cobertura de risco, os chamados "hedge funds".
E foi nessa qualidade que, em entrevista ao canal de televisão inglês BBC, defendeu que a fraude cometida por Madoff poderia ter sido evitada, ou detectada mais cedo, caso os critérios de auto-regulação seguidos pela indústria europeia tivessem sido aplicados nos Estados Unidos.
António Borges sublinha que, nos últimos dois anos, os "hedge funds" europeus fizeram "um esforço relativamente à necessidade de terem mais auditoria, mais transparência, na divulgação de mais informação aos investidores", resultando numa maior protecção dos direitos dos investidores. Por isso, acredita que "se os 'standards' desenvolvidos na Europa tivesse sido implementados no caso de Madoff, teria sido, de longe, muito mais difícil que isto tivesse acontecido".
"Foi o facto de Madoff controlar tudo sozinho que tornou possível que ele construísse este tipo de fraude, que não foi detectada durante tanto tempo e por tantas pessoas", afirmou o antigo vice-presidente do Goldman Sachs. Borges realçou ainda que as autoridades americanas investigaram as actividades de Madoff por diversas vezes, contudo sem nunca terem detectado qualquer indício de fraude.
E foi nessa qualidade que, em entrevista ao canal de televisão inglês BBC, defendeu que a fraude cometida por Madoff poderia ter sido evitada, ou detectada mais cedo, caso os critérios de auto-regulação seguidos pela indústria europeia tivessem sido aplicados nos Estados Unidos.
"Foi o facto de Madoff controlar tudo sozinho que tornou possível que ele construísse este tipo de fraude, que não foi detectada durante tanto tempo e por tantas pessoas", afirmou o antigo vice-presidente do Goldman Sachs. Borges realçou ainda que as autoridades americanas investigaram as actividades de Madoff por diversas vezes, contudo sem nunca terem detectado qualquer indício de fraude.